quarta-feira, 29 de maio de 2019

Doutor Risadinha ALERTA: Você sabia que é possível MORRER DE TANTO RIR ???


Pois é pessoal risonho! Rir é bom, mas tome alguns cuidados para não .....


Nas últimas décadas, o riso foi promovido como uma possível cura para muitos males, incluindo câncer e problemas de coração. Todo mundo já ouviu a frase “rir é o melhor remédio”. Mas a alegria também pode ser mortal, fazendo com que a frase “Eu quase morri de rir” não seja tanto uma hipérbole, mas sim uma possibilidade real, que até tem um termo específico, chamado de “hilaridade fatal”, que é usado desde 1956 para caracterizar um raro tipo de morte, que usualmente ocorre por parada cardíaca ou asfixia, decorrentes de uma crise de risos.

Há ao menos o registro de 10 casos, que lhes apresento abaixo, constatados desde a Grécia Antiga até os dias de hoje:

1. O mais antigo que se tem notícia envolve Zeuxis, um pintor grego que viveu no século 5 a.C. Reza a lenda que ele morreu rindo enquanto fazia um quadro de Afrodite, deusa grega do amor. Tudo por conta da audácia da mulher que encomendou a obra. A proposta feita era de fato um tanto pretensiosa: posar ela própria para o artista e inspirar sua representação da divindade. Sem acreditar no que estava ouvindo, Zeuxis riu por minutos sem parar – e morreu com o trabalho inacabado por falta de ar;

2. O filósofo grego Chrysippyus de Solis teria morrido em 208 a.C. (século 3.a.C.), onde a cultura popular mostra que ele morreu depois de dar vinho ao seu burro e vê-lo se alimentando de figos. Diógenes Laércio, biógrafo dos filósofos gregos, diz que duas possibilidades são conhecidas para a morte de Crísipo, como era conhecido. Na primeira, ele teria sido visto com tonturas após beber vinho não diluído em uma festa e morreu logo após isso. Mas na segunda, ele estaria olhando um burro comendo alguns figos e gritou: “Agora dê ao burro vinho puro para limpar os figos”, e então morreu com uma risada;

3. Em 1410, o português Rei Martin I de Aragão faleceu após um riso incontrolável combinando com uma indigestão, culpa da mistura entre uma refeição que não caiu muito bem e uma crise de riso incontrolável;

4. Em 1556, Pietro Aretino (Arezzo, Itália, 20/04/1492 - Veneza, Itália, 21/10/1556), escritor, poeta e dramaturgo italiano, autor de "Diálogo das Prostitutas" e do livro "Sonetos Luxuriosos", conhecido no seu tempo pelo nome de "secretário do mundo". Reza a lenda que ele morreu sufocado após rir sem parar;

5. A morte do rei birmanês Nandabayin, em 1599, aconteceu devido ao fato dele “rir até a morte quando informado por um comerciante italiano visitante que Veneza era um estado livre sem um rei”;

6. Em 1660, o intelectual escocês Thomas Urquhart, morreu de hilaridade fatal, pois foi incapaz de resistir à piada mais engraçada que ouviu na vida, fazendo jus ao refinado senso de humor britânico: Carlos II tinha sido eleito o novo rei da Inglaterra;

7. Em 1837, Maria Anne Fitzherbert, nascida Smythe, no Reino Unido (26 de julho de 1756 - 27 de março de 1837 - a primeira mulher com quem o futuro Jorge IV casou-se, no entanto, o casamento era inválido sob as leis civis inglesas, e ela não tornou-se rainha e nem adquiriu qualquer outro título). Reza a lenda que ela sofreu de ataque de alegria enquanto participava de uma apresentação de ópera do mendigo. Quando Charles Bannister apareceu em cena como Peachum, ela explodiu em uma risada incontrolável e tão alta que acabou sendo expulsa do teatro.  Dizem que ela riu de forma contínua durante toda a noite e no dia seguinte ela morreu no início da manhã;

8. Durante a Guerra Civil de 1936-39, dizem que Muñoz Seca, famoso humorista espanhol, foi condenado à morte por ter zombado dos comunistas; e que, antes de ser fuzilado, teve ocasião de fazer uma declaração solene: - “Podeis tirar-me a fortuna, podeis tirar-me a honra, podeis tirar-me a vida! Mas há uma coisa que não podereis tirar-me: o medo que tenho de vós!”, segundo relata Hugo de Azevedo em 1991 no livro ‘O bom humor’;

9. Em 24 de março de 1975, o pedreiro de 50 anos Alex Mitchell, de King’s Lynn, em Norfolk, na Inglaterra, morreu de tanto rir enquanto assistia um episódio de seus programas de televisão favoritos:The Goodies”. Após vinte e cinco minutos de riso incontrolável, ele caiu no sofá e morreu de insuficiência cardíaca. Sua viúva, posteriormente, enviou uma carta para The Goodies por fazer tão agradáveis os últimos momentos da vida de seu falecido esposo. A cena letal foi nada menos que um escocês lutando contra uma linguiça gigante, utilizando como arma a sua gaita de foles.
Sua neta, Lisa Cooke, chegou a sofrer do mesmo mal do avô em 2012, mas se safou por ter sido socorrida a tempo pelo marido. Segundo especialistas, o motivo para crises de riso mortais na família é a ocorrência da “síndrome do QT longo”, um distúrbio genético muitíssimo raro no qual o coração é propenso a experimentar longas pausas entre batimentos cardíacos, especialmente após casos de excitação ou esforço. Após esse incidente, o coração se volta ao normal depois de alguns batimentos, mas em alguns casos (como este) a pessoa não é tão afortunada.

10. Em 1989, Ole Bentzen, um audiologista dinamarquês, morreu de hilaridade fatal enquanto assistia “A Fish Called Wanda” (Um peixe chamado Wanda). Seus batimentos chegaram em 250 até 500 por minuto, antes dele sucumbir a uma parada cardíaca.

11. Em 2003, em Bangkok, um motorista de caminhão de sorvetes na Tailândia, chamado Damnoen Saen-um, na época com 52 anos, morreu rindo enquanto estava dormindo. Sua esposa foi incapaz de acordá-lo, e ele parou de respirar após apenas dois minutos de risos, informou o jornal The Nation. Acredita-se que sua morte tenha sido causada por asfixia. A esposa dele tentou acordá-lo, mas ele continuou rindo. Uma autópsia sugeriu que ele poderia ter tido um ataque cardíaco. “Eu nunca vi um caso como este. Mas é possível que uma pessoa possa ter uma crise cardíaca enquanto ri ou chora muito durante o sono”, disse o Dr. Somchai Chakrabhand, vice-diretor-geral do Departamento de Saúde Mental.

12. O Massacre na sede do jornal satírico francês Charlie Hebdo foi um atentado terrorista em 07 de janeiro de 2015, em Paris, resultando em doze pessoas mortas. O ataque foi perpetrado pelos irmãos Saïd e Chérif Kouachi, supostamente como forma de protesto contra a edição Charia Hebdo, que ocasionou polêmica no mundo islâmico e foi recebida como um insulto aos muçulmanos. O ódio extremo pelas caricaturas do Charlie Hebdo, que fizeram piadas sobre líderes islâmicos, inclusive Maomé, é percebido como a principal razão para este massacre.

Sejam estas histórias verdadeiras ou não (algumas com certeza o são), o que torna essa morte possível, de acordo com os médicos, é o fato de que, quando damos uma gargalhada, a dinâmica da respiração é alterada, caso ela ocorra por longos períodos e se a pessoa não parar logo de rir e tomar um fôlego, acarretando uma arritmia (descompasso dos batimentos cardíacos) e prejudicando a oxigenação do sangue. O aumento da pressão no tórax, também causado por riso intenso, pode diminuir a circulação de sangue e prejudicar quem tem insuficiência cardíaca. Se a pressão aumentar no abdome, pode agravar hérnias do esôfago ou outras da parede abdominal. Por fim, no crânio, pode haver rompimento de algum aneurisma instalado em vasos sanguíneos, causando um AVC (acidente vascular cerebral). Para algumas pessoas, uma risada descontrolada pode ser um sintoma associado a início de infarto. Mas, aqui entre nós, a chance disso tudo acontecer é extremamente baixa.

No entanto, mesmo que tenha havido algumas mortes ocasionais devido a gargalhadas, a alegria é muito mais saudável do que prejudicial. Diversos estudos afirmam que o riso produz efeitos benéficos sobre a saúde física, incluindo a diminuição da secreção de cortisol (um hormônio do estresse) e o aumento dos níveis sanguíneos de imunoglobulina A, um anticorpo que combate infecções bacterianas e virais nas vias respiratórias superiores e nos tratamentos gastrointestinais.

E para finalizar em alto astral, vamos curtir a música “Morrer de Rir” dos Engenheiros do Hawaii (https://www.ouvirmusica.com.br/engenheiros-do-hawaii/868374/ ):
“Não há remédio
Pra ditadura
Nem pra corrupção
Nem pra censura

O que eles prometem todo dia
Não se cria, não se vê
Só que tem que tá ligado
Tá na cara, eles só querem enriquecer

Não fale nada
Não faça nada
Não saiba nada

Não fale nada
Não faça nada
Não saiba

Não fale nada
Não faça nada
Não saiba nada

Não fale nada
Não faça nada
Não fale

Então a gente que se exploda

É sim, é sim, é sim
De morrer de rir
Quando se leva a sério
O que se passa por aqui”

E para finalizar, não se esqueçam de me ajudar na divulgação desta matéria, tornando-se também, SEGUIDORES do blog Espaço do Riso, para acompanhar tudo o que rola sobre os benefícios que o Riso e Bom Humor proporcionam à nossa saúde e relacionamentos pessoais e profissionais.

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Abraços, SORRIA E TENHA UM BOM DIA ®

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Referências:
ü  Oxford: Clarendon Press (1993). The Compact Oxford English Dictionary.
ü  Peter Bowler and Jonathan Green. What a Way to Go,. [S.l.: s.n.] ISBN 0-7537-0581-8
ü  Paul N. Morris, Patronage and Piety Montserrat and the Royal House of Medieval Catalonia-Aragon, October 2000
ü  Waterfield, Gordon, ed. First Footsteps in East Africa, (New York: Praeger Publishers, 1966) pg. 59 footnote.
ü  Brown, Huntington (1968). Rabelais in English Literature. [S.l.]: Routledge. p. 126. ISBN 0-7146-2051-3
ü  The History of Scottish Poetry. [S.l.]: Edmonston & Douglas. 1861. p. 539
ü  «The Last Laugh's on Him». Urban Legends Reference Pages. 19 de janeiro de 2007. Consultado em 23 de junho de 2007
ü  The Complete Goodies — Robert Ross, B T Batsford, London, 2000.
ü  Man Dies Laughing at The Goodies, "Daily Mail", London (29 March 1975)
ü  A Goodies Way to Go — Laughing, "Eastern Daily Press", Norwich (29 March 1975)
ü  Slapstick! The Illustrated Story of Knockabout Comedy — Tony Staveacre, Angus & Robinson 1987
ü  Man who died laughing at Goodies had Long QT syndrome
ü  People Who Died Laughing - Death - Book of Lists - Canongate Home (version archived by the Internet Archive)

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