quarta-feira, 23 de abril de 2014

Marcelo Pinto afirma: Bom humor e sorriso podem salvar a rotina exaustiva do trabalho!


Olá pessoas risonhas, tudo bem? É com alegria que compartilho com todos vocês o artigo "Bom humor e sorriso podem salvar a rotina exaustiva do trabalho", publicado neste feriadão, dia 21 de abril de 2014, no Portal iG - Delas - Coportamento, pela fantástica jornalista Carolina Garcia, sobre o meu novo livro que trata da Gestão do Humor no Trabalho. Ficou genial! Confiram abaixo na íntegra:

Em livro, autor propõe gestão de humor no ambiente corporativo e defende que esse atributo é indispensável para se dar bem na vida pessoal e profissional

“As pessoas estão rindo cada vez menos. O mau humor continua imperando no ambiente de trabalho”. A declaração é de Marcelo Pinto, advogado trabalhista e palestrante, no seu último livro O Método S.M.I.L.E – para gestão do humor no ambiente de trabalho (Ed. Ser Mais), lançado neste mês.


Livro é lançado como guia prático para aplicar a gestão do humor no mundo corporativo







Para o advogado, o bom humor e o sorriso são aliados e podem salvar a rotina exaustiva e cheia de pressões do trabalho. Policiais, motoristas de ônibus, vendedores e jornalistas são os profissionais mais estressados.


Gestores que entendem a importância do riso e os efeitos – quase instantâneos – da alegria podem transformar a realidade desses profissionais com um local de trabalho equilibrado.
“Você terá pessoas motivadas e engajadas”, diz.
Segundo o especialista, as características comportamentais de um candidato são tão importantes quanto as aptidões técnicas na hora de conquistar o sonhado emprego.
“O humor é uma competência que começa a ser valorizada nas empresas e é um atributo indispensável para quem quiser se dar bem na carreira.”
Ao analisar experiências bem sucedidas da “gestão de humor” no mercado, ele criou o método S.m.i.l.e. composto por etapas, que formam o acróstico sorrir (em inglês). Com as lições sorria, mude de atitude, identifique oportunidades, lidere positivamente e envolva e escute, Pinto acredita ter formado um guia prático para a humanização corporativa.

“Quando o funcionário percebe que a empresa respeita as emoções, ele entende que pode ser a mesma pessoa em casa e no trabalho. Esse funcionário terá muito mais resultados já que controlou a própria ansiedade”, explica Pinto.

“O mau humor contamina tanto quanto o bom humor contagia", garante Marcelo Pinto
Engana-se, no entanto, quem acredita que propagar o riso e o senso de humor deve ser uma ferramenta de motivação restrita aos subordinados. Para provocarem mudanças efetivas na empresa, a alta direção e empregadores precisam ser contagiados pelo bom humor. Vale tudo para criar uma “liderança positiva”.

“O chefe não precisa saber contar uma piada, ser humorista. Muitos têm receio de perder a autoridade ao fazer uma brincadeira. Se não quer participar, dê liberdade aos seus funcionários”, aconselha o palestrante, que ganhou o apelido de Dr. Risadinha.

Pinto conta ainda que empresas internacionais já colocaram em prática a gestão do humor. Uma companhia aérea nos EUA permite que os comissários de bordo deem as primeiras instruções de voo cantando.
“Trouxe leveza e não tirou a autoridade do funcionário. Uma forma descontraída, mas que passa o mesmo recado”.
Enquanto no Brasil, empresas de bebidas, segundo ele, usam brincadeiras de mau gosto em convenções para humilhar funcionários que não atingiram as metas de vendas.
“É cada história absurda que vai desde um troféu tartaruga até uma foto dentro de um caixão, simulando a morte daquele vendedor. É humilhante, marca o profissional e pode ainda gerar uma ação trabalhista”, explica.
Como muitos dizem “brincadeira tem hora e lugar”. E o advogado concorda com a regra. Para ele, o bom senso deve liderar todas as investidas humoradas no escritório.
“Tem aqueles que sentem a obrigação de agradar a todos como um meio de inclusão fazendo piada dele mesmo, às vezes com tom destrutivo. Aquele que não tem bom senso pode ganhar o título de ‘bobo da corte’ ou até virar o ‘mala’ da empresa”.
Pessoas introvertidas podem encontrar dificuldades para interagir com os colegas e seguir a estratégia do sorriso. O segredo, explica Pinto, é expressar a alegria de uma forma diferenciada ao entender e permitir que os outros descontraiam.
“Muitos introvertidos são confundidos com pessoas mau humoradas. O jeito então é andar com pessoas extrovertidas e começar a se expor”. A troca de experiências só trará benefícios, inlcusive para a vida pessoal, garante o autor.

Marcelo Pinto afirma nas palestras a importância do riso em nossa vida! Agora a Veja confirma!

Olá pessoal, tudo bem? Fico muito contente quando leio um artigo deste, publicado no site da conceituada Veja, ratificando tudo aquilo que defendo em minhas palestras. Esta recente entrevista, publicada em 19 de abril de 2014, realizada pela Rita Loiola com o neurocientista cognitivo Scott Weems, vem ao encontro do conteúdo que apresento em minha palestras corporativas há anos. Quem já assistiu às minhas palestras sabe do que estou falando! Confiram abaixo a íntegra desta entrevista.

"O riso é tão importante para nossa vida quanto a inteligência ou a criatividade"

Rir nos torna mais inteligentes, criativos e saudáveis, segundo o neurocientista cognitivo Scott Weems. Nesta entrevista, ele conta como isso acontece e explica de que maneira algumas gargalhadas revelam crenças e preconceitos e oferecem soluções inéditas para nossos problemas
Assim que o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) admitiu o erro de sua pesquisa que dizia que os brasileiros apoiavam ataques a mulheres, a reação foi instantânea: um enxurrada de piadas. Bastaram poucos segundos para que, no último dia 4, as redes sociais fossem invadidas por anedotas zombando da porcentagem que mostrava que 26% e não 65% concordam com a frase "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas". Para o neurocientista cognitivo americano Scott Weems, só mesmo sonoras gargalhadas seriam capazes de resolver o conflito entre o equívoco grosseiro, as reações exaltadas, o machismo e a realidade do episódio. O humor é única forma que nosso cérebro encontra para lidar com diversas informações contraditórias ao mesmo tempo, segundo ele.

Em seu primeiro livro, Ha! – The Science of when we laugh and why (Há! – A ciência de quando rimos e por que, sem tradução em português), lançado em março nos Estados Unidos, Weems sustenta que o riso é o resultado da longa batalha cerebral entre emoções e pensamentos opostos. Ao chegar ao ápice da confusão, sem nenhuma alternativa de solucioná-la, rimos. E, assim, não só reconciliamos as ideias contrárias como enxergamos respostas.

Neste livro, o neurocientista cognitivo americano Scott Weems reuniu sua experiência de doze anos em estudos do cérebro a dezenas de estudos sobre o humor. O autor mostra que a risada é a forma de nosso organismo lidar com informações contraditórias e buscar respostas, além de explicar que o bom-humor é a chave para sermos criativos e alcançarmos pensamentos sofisticados.

"As pessoas contam piadas há milhares de anos para lidar com desafios e conflitos", diz o pesquisador da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, que estuda o funcionamento do cérebro há doze anos. "O humor revela muito sobre nossa humanidade, sobre como pensamos, sentimos e nos relacionamos com o próximo."

Analisando a piada — Em suas pesquisas, Weems descobriu que o humor é o segredo de pessoas inteligentes e criativas para suas associações rápidas e inesperadas. No livro, reúne suas conclusões a outros estudos e traça um mapa que busca compreender o papel das risadas em nossa vida. Começa mostrando como a dopamina, o neurotransmissor ligado ao prazer e o responsável pela alegria, nos fez o que somos: seres em busca de emoção e de novas maneiras de melhorar a vida. Rindo, se possível.

Ao longo do livro, o pesquisador demonstra como o humor dá novas perspectivas às experiências vividas e revela aspectos sutis da realidade que, de outra forma, permaneceriam escondidos. "Suspeito que o humor nunca tenha sido respeitado. E isso é uma vergonha", afirma o cientista. Nesta entrevista ao site de VEJA, Weems explica por que não levamos o humor a sério e conta como piadas e anedotas são a chave para atingir pensamentos sofisticados e nos tornar mais saudáveis e criativos.

Por que costumamos explodir em risadas frente a situações constrangedoras? Nossa mente transforma ambiguidade e confusão em prazer. O cérebro é lugar cheio de conexões e ideias competindo por atenção. Isso nos leva a raciocinar, mas também traz conflito, pois às vezes temos duas ou mais ideias inconsistentes sobre o mesmo assunto. Quando isso acontece, nosso cérebro só tem uma coisa a fazer: rir.

E isso resolve alguma coisa? Gostamos de trabalhar em meio a essa confusão e rimos quando chegamos a uma solução. O humor traz respostas súbitas, que chegam por vias diferentes do pensamento lógico e analítico. Cada vez que rimos de uma piada é como se tivéssemos um pequeno insight, pois pensamos algo inédito. E isso só dá certo porque o processo nos alegra — uma mente entediada é uma mente sem humor.

Isso quer dizer que pessoas que gostam de respostas prontas são as mais mal-humoradas? Sim. Há uma forte relação entre ser curioso, gostar de se aventurar intelectualmente e ser bem-humorado. Se alguém quer explicar um ponto, conta uma história. Mas, se o objetivo é explicar mais de um ponto ao mesmo tempo, o ideal é contar uma anedota. Ter humor é olhar as coisas de uma maneira mais profunda. Pessoas com senso de humor fazem associações inesperadas muito rapidamente.

Mas rir frente a situações difíceis ou problemas não significa fugir deles? O humor nos leva a lugares emocionais e cognitivos novos. Mas isso não quer dizer que ele afaste as dificuldades ou sentimentos como raiva, revolta ou tristeza — ao contrário, ativa-os, junto a emoções positivas. Um estudo feito na Universidade da Califórnia mostrou que experimentamos várias emoções ao mesmo tempo. Rir ou contar piadas nos ajuda a expressar todos esses sentimentos misturados e a lidar com eles.

Ou seja, anedotas sobre tragédias como o 11 de setembro nos ajudam a superá-las? Logo após o ataque ao World Trade Center apareceram muitas piadas sobre a catástrofe. Lembro-me de uma delas com um gorila segurando aviões perto das torres gêmeas com a mensagem: onde estava o King Kong quando precisamos dele? Essas piadas mostravam raiva, claro, mas também frustração e até irreverência. Elas não tiravam sarro dos terroristas, mas, sim do processo de luto — lembro que o país suspendeu todos os programas de humor por dezoito dias até que, enfim, o programa Saturday Night Live foi ao ar. Rir nos conecta a outras pessoas para dividir nossas lutas, temores e confusões.  

Então piadas como as de humor negro fazem bem para a saúde? Esse tipo de humor nos torna mais saudáveis porque nos ajuda a lidar com deficiências, situações violentas ou macabras. Alivia e é divertido ao mesmo tempo em que é horrível. O humor é capaz de expressar nossas crenças mais assustadoras de uma maneira muito direta — e não estamos acostumados a isso.

Em outras palavras, piadas sexistas, sobre negros ou deficientes apenas ampliam preconceitos? Essa questão é muito importante. Anedotas preconceituosas dão voz a nossas crenças, sejam elas latentes ou escancaradas. Uma pessoa sexista só terá seus preconceitos ampliados por essas piadas enquanto alguém que não adota essas crenças terá mais convicção contra o preconceito. O humor, porém, sempre veicula mensagens múltiplas. Tudo depende da intenção.

Como assim? Alguém que não é machista pode contar uma piada machista com a intenção de caçoar dos homens machistas, não das mulheres. Ou um machista pode contar essa mesma piada com a simples intenção de ofender as mulheres.

E onde está a diferença? Na intenção e no alvo. Se o propósito é ofender, não há nada de engraçado nisso. Mas se o esquete é mais denso — como acontece quando o comediante negro Chris Rock satiriza o racismo — então devemos olhar essas anedotas em um nível mais profundo, porque sua intenção não é insultar e, sim, educar.

Você afirma, no entanto, que piadas ofensivas podem ter o propósito social de adiar a violência. Quando escrevi isso, quis dizer que elas adiam a violência física. Mas elas podem ser uma violência emocional. Não acredito que bullying ou ofensas sejam piadas. Apesar de serem atitudes próximas, creio que o humor seja, essencialmente, a maneira de nosso cérebro lidar com conflito. Atitudes ofensivas não trazem nenhum conflito interno.

Isso quer dizer que piadas ofensivas dizem mais sobre quem as conta do que sobre seus alvos? Certamente! Todo país tem seus alvos favoritos. Nos Estados Unidos, temos uma famosa: ‘por que os homens italianos usam bigodes? Para ficar parecidos com suas mães’.

O humor deve ser levado a sério? Levado a sério e respeitado. Surpreendentemente, durante grande parte da nossa história, o humor foi impopular. Platão [filósofo grego que viveu entre 428 a 348 a. C.] baniu o humor de sua República, dizendo que ele distraía o povo de assuntos mais sérios. Já Tomas Hobbes [filósofo inglês que viveu no século XVI] alegava que rir era uma parte necessária da vida, mas somente para pessoas de inteligência inferior. O problema é que há uma grande diferença entre algo sério e algo solene. É possível ser bem-humorado e sério, mas o humor é o oposto da solenidade — e, por isso, assumimos que ele não pode ser levado a sério. Acredito que esse é o motivo pelo qual ele demorou tanto a ser respeitado — o humor só se tornou um tópico científico em 1988, com a formação da Sociedade Internacional dos Estudos do Humor, nos Estados Unidos.

Foi aí que descobrimos que ele é fundamental? A área cerebral responsável pelo humor faz parte do sistema límbico, que regula emoções primordiais como medo ou raiva. São sentimentos essenciais para a sobrevivência. Rir é tão importante para nossa vida quanto a inteligência ou a criatividade. O humor evoluiu e se tornou o que é hoje porque, provavelmente, em algumas situações, se não pudéssemos rir, teríamos entrado em conflito ou morrido. Dar risada é parte fundamental do que somos.

Em um dos capítulos de seu livro, você comenta um estudo que diz que pessoas muito religiosas têm pouco senso de humor, talvez porque a religião seja um meio de diminuir conflitos. Há algum grupo que seja o mais sem graça de todos? Sem graça eu não sei, mas o psicólogo britânico Richard Wiseman tem um estudo fascinante em que mostrou diversas piadas a pessoas de diferentes nacionalidades, e os alemães riram de quase todas. Imagino que eles tenham um talento especial para extrair graça mesmo de coisas que não tenham humor algum.

Estudos demonstram que animais como ratos e chimpanzés podem rir. O propósito do humor animal é o mesmo dos humanos? Animais riem e têm humor. Seria muito antropocentrismo acreditar que só nós temos humor, sendo compartilhamos com outros animais as mesmas regiões cerebrais. Se rir é um processo para lidar com conflitos e confusões, então ele está em todas as criaturas que possuem cérebro.

O Brasil, assim como os Estados Unidos, viu vários comediantes serem criticados ou processados por suas piadas. Será que o humor como conhecemos vai acabar? Acho que ele está profundamente ferido, mas não diria que está morto. O humor é muito ligado às mudanças sociais e se transforma com elas. Nos anos 1980, quando tudo era exagerado — empresários queriam sempre mais dinheiro, mais trabalho — o humor também se tornou muito forte. Comediantes como Eddie Murphy ou Robin Williams não eram nada sutis. Esse tipo de graça não faz mais sucesso hoje, porque valorizamos mais a honestidade e a falta de pretensão. Atualmente, os atores pararam de contar anedotas simples para incluir narrativas e detalhes pessoais em seus esquetes. O humor dos próximos anos vai depender da evolução da sociedade.