domingo, 21 de junho de 2015

Marcelo Pinto, O Doutor Risadinha confirma: os animais também podem rir !

Pessoal, essa eu não poderia deixar de compartilhar. Foi publicada no site Hypescience em 17/jun/2015 pela jornalista Natasha Romanzoti com base em artigo da NatGeo. Ele tem o título “ Animais podem rir (pelo menos alguns)”.

Pesquisas com animais têm mostrado que eles podem rir. Pelo menos alguns. Até agora, sabemos que macacos e ratos sabem dar risada.

Por exemplo, Koko, a gorila famosa por sua facilidade com a linguagem de sinais, ri quando sua cuidadora, Penny Patterson, é desajeitada ou faz sons engraçados. Ela também tem uma risada “ho ho” especial para os visitantes que ela gosta.

Em 2009, a psicóloga Marina Davila Ross, da Universidade de Portsmouth no Reino Unido, realizou experimentos no qual fez cócegas em primatas jovens, como orangotangos, gorilas e chimpanzés. Os animais responderam rindo (ou, em linguagem técnica, “fazendo vocalizações induzidas por cócegas”).

Ross, que estuda a evolução do riso, sugere que herdamos nossa própria capacidade de rir do último ancestral comum entre nós e os macacos, que viveu de 10 a 16 milhões de anos atrás.
Em seu mais recente estudo, publicado na revista PLoS ONE esse ano, ela mostra que chimpanzés também exibem “caras de riso” – sorrisos com os dentes à mostra – mesmo quando não dão risada, ou seja, quando não fazem vocalizações. Isso indica que esses animais podem se comunicar de formas mais versáteis do que pensávamos, semelhante à maneira como as pessoas podem sorrir em silêncio para transmitir emoções.

Os ratos também já ganharam cócegas. Jaak Panskepp, psicólogo e neurocientista da Universidade do Estado de Washington nos EUA, descobriu que os roedores fazem ruídos felizes quando recebem cosquinhas.

Os animais produziram o mesmo chilrear que costumam fazer quando estão brincando entre si. Alguns dos ratos de laboratório gostaram tanto de ser agradados que seguiram as mãos que lhes fizeram cócegas.

Panskepp também descobriu que os circuitos cerebrais responsáveis pelo riso em ratos podem ser usados para estudar a emoção humana. O pesquisador identificou sete sistemas emocionais básicos, alojados nas mesmas áreas que ficam no cérebro humano.

Sua pesquisa inclusive tem ajudado a combater a depressão em pessoas. Um antidepressivo testado em ensaios clínicos, chamado GLYX-13, foi proposto no estudo do riso com ratos. “É um exemplo do que pode ser alcançado ao levarmos os sentimentos emocionais dos animais a sério, como alvos para o desenvolvimento medicinal psiquiátrico”, argumenta Panskepp.

Risada inteligente

Pensamos em ratos e macacos como animais inteligentes, mas os cientistas acham que a inteligência não é um pré-requisito para o riso. Aliás, o ato de brincar em qualquer espécie pode aumentar a inteligência social, e não o contrário.

Identificar outros animais que riem, segundo Panskepp, pode ser uma questão de ouvir os sons que eles fazem enquanto se divertem com suas brincadeiras próprias.

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