quarta-feira, 4 de março de 2015

DOUTOR RISADINHA APÓIA A DANÇA DO RISO

Olá Pessoas risonhas e dançantes! Hoje compartilho com vocês iniciativa publicada em 03/mar/15 no Jornal do Comércio Online de Recife/PE sobre o Grupo de dança que criou performance sobre o riso. Confiram abaixo a matéria na íntegra:

Coletivo Lugar Comum estreia nesta terça-feira (3) a montagem Motim, encenada em espaços públicos do Recife

O neurocientista cognitivo norte-americano Scott Weems, autor do livro Há! – A ciência de quando rimos e por que, afirma que o riso é o ápice da batalha entre tensão e emoção, o momento exato de quando não conseguimos solucionar essa confusão. Esse riso, como uma ação política, um ato de protesto e de rebeldia, é justamente o tema que norteia a nova montagem coreográfica do Coletivo Lugar Comum que estreia hoje, às 17h, no Pátio do Carmo, em frente à Igreja de Nossa Senhora do Carmo, bairro de Santo Antônio.

Motim tem concepção e dramaturgia da bailarina e professora de Dança da UFPE Roberta Ramos, para quem a ideia no trabalho, a priori, é descobrir o corpo do riso, do estado do riso, que historicamente foi colocado no lugar pejorativo. “A ideia é trazer à tona esse corpo a partir do riso e da perspectiva política dos rios”, explica a bailarina Liana Gesteira, integrante do elenco e do Coletivo. “O foco é um corpo que não é objetivo, que está inserido no dia a dia; o que propõe outras vivências”, completa.

A montagem é fruto de uma pesquisa iniciada há cerca de um ano, erguida a partir de oficinas, laboratórios e treinamentos. Entre as oficinas um destaque para o trabalho desenvolvido pelo ator e palhaço pernambucano, Arilson Lopes, na oficina Corpo Cômico e a oficina “Riso/Cômico/Humor”, com Joice Aglae, fundadora da Cia. Buffa de Teatro (Bahia) e cofundadora da companhia de teatro Bottega Buffa CircoVacanti, em Trento (Itália). Com Joice, os dez bailarinos do elenco de Motim puderam experimentar relações múltiplas com o teatro, mímica, balé, dança folclórica, artes brasileiras de circo, figurino, maquiagem, arte da palhaçada, a arte do palhaço e Commedia Dell'Arte.

“O trabalho é coletivo, criado colaborativamente. A concepção é de Roberta, com provações e discussão”, diz Liana Gesteira. “Iniciamos o laboratório como pesquisa do riso no corpo, mapeando lugares e espaços que gostariam de levar essa montagem. Percorremos sete ou oito trajetos. E decidimos por quatro lugares.”

O riso, na montagem, pauta o olhar do Coletivo Lugar Comum para um viés político e também de pertencimento. Liana Gesteira conta que a opção de criar um trabalho voltado para a performance na rua é para despertar na sociedade uma dar um novo significado ao espaço público. “Decidimos fazer o trabalho de rua por que as pessoas estão sempre usando o espaço público como lugar de passagem e não mais como lugar de vivência, de viver em sociedade”, diz Liana Gesteira. Além do Pátio do Carmo, a montagem é apresentada em outro lugares do Recife: amanhã,, na rua do Hospício, na Boa Vista; quinta, na Praça da Várzea, Zona Oeste; e na sexta, na Estação do Metrô de Afogados. Sempre às 17h. A temporada continua nas duas semanas seguintes, de 10 a 13 e de 17 a 20 de março, com apresentações sempre nas terças, quartas, quintas e sextas-feiras, seguindo a mesma ordem dos locais.

O projeto é uma pesquisa patrocinada pelo Funcultura. Em cena estão os performers-criadores do Coletivo Lugar Comum: Roberta Ramos, Silvia Góes, Liana Gesteira, Maria Agrelli, Conrado Falbo e Cyro Morais; além das convidadas Drica Ayub, Gabriela Santana, Iara Sales e Letícia Damasceno. Eles riem sem parar diante dos transeuntes que caminham pelas vias onde estarão encenando.

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