sábado, 28 de abril de 2012

Doutor Risadinha destaca a Profissão do Riso!!!


Olá Pessoal, tudo legal? Compartilho com vocês esta matéria que foi divulgada hoje, dia 28 de abril, no site do O Povo de Fortaleza, que trata da profissão de Palhaço das Festinhas de Aniversário. O Tema é Rindo à Toa e foi escrito por Juliana Diógenes. Confiram a matéria, que está bem completa.

Rindo à toda

Saber se maquiar, escolher figurino, cantar, dançar, interpretar: para ser palhaço não basta usar nariz vermelho e saber contar piada. O mercado pede por renovação, e os que se destacam recebem até R$ 650 por festa

Rrrrrespeitável público! Com vocês, a profissão do riso. A que existe em função da felicidade do outro; que nasceu para disseminar a alegria entre pessoas de todas as idades, em qualquer lugar do mundo.

E quem disse que palhaço não pode ser uma profissão bem remunerada. Histórias de quem está no ramo há bastante tempo mostram que, com dedicação e muita disposição para se renovar, é possível conseguir, em apenas uma festinha, de R$ 300 a R$ 650.

Muito do sucesso vem da vocação. Ainda menino, André Luiz Vieira já carregava o dom da lida com crianças. Nas horas vagas, era babá dos vizinhos pequenos, e aos 16, atuava em peças na periferia onde morava. Mas foi ao entrar no Curso de Arte Dramática (CAD), da Universidade Federal do Ceará (UFC), que André deu o primeiro passo à profissionalização teatral. A partir de então, ele trilhou o caminho que o levaria a se tornar o respeitado palhaço Escadinha, há 24 anos no mercado.

Antes de se dedicar à profissão do riso, André atuou em peças teatrais e até no comércio, vendendo lanches num trailer. Para atrair clientes, recorreu certo dia à fantasia de Escadinha, o que mudou a sua vida.

“Coloquei uma roupa de palhaço e comecei a animar as crianças que passavam na praça. De repente, a mãe de uma gostou e resolveu me convidar para animar a festa da filha. Depois, fui só ganhando clientela”, lembra. A partir de então, Escadinha assumiu de vez a profissão e se soltou, passando a criar novos personagens.

André dá vida aos personagens em um lugar inusitado: supermercados. Por mês, trabalhando seis horas diárias, fatura o valor fixo de R$2,5 mil. Quando assume Escadinha nas festas infantis de fim de semana, lucra em média R$ 400. Mas nada melhor para um palhaço do que o mês de outubro, com o Dia das Crianças. André já chegou a ganhar mais de R$3 mil.

Mesmo com toda a experiência em artes cênicas, o ator reconhece que o desafio é a renovação constante, acompanhada da prudência nas piadas e da conquista de novos clientes. “Quando você está vestido de palhaço, as pessoas esperam algo de você. E é função do palhaço compensar essa expectativa”, prega.

Conselhos
Para o ator e diretor Breno Moroni, o segredo de um bom palhaço é o estudo. Ele é formado na Academia Piolin de Artes Circenses e já foi palhaço até em novela - foi Pingo em O Anjo Caiu do Céu.
 
Para ele, o ator que interpreta um palhaço tem de levar como profissão: tem de saber cantar, dançar e interpretar. “Para eu ser palhaço, não posso só colocar uma roupa colorida, um nariz de palhaço e pronto. Isso é um insulto a quem estuda. Ele precisa saber se maquiar, fazer o próprio figurino, tocar um instrumento. O melhor exemplo é Chaplin”, afirma.

ENTENDA A NOTÍCIA

Uma das figuras mais amadas do mundo circense, o palhaço pode atuar em diferentes espaços, como circo, teatro-circo, cinema, novela e em festas. Pode também se apresentar em praças e clubes.

Profissão não é bico

Quando o assunto é empreender, Carlos Antônio, o Macarrão, tem o que ensinar. Afinal, garantir o sustendo de 15 filhos apenas com festas infantis demanda estrutura e organização.

Nas primeiras atuações em festas infantis, usava pijamas com bolas de tecidos coloridas costuradas, a maquiagem da mãe e cabelo de tiras de saco plástico. Hoje, é tudo profissional.

“Quando me perguntam qual é a minha profissão, digo que sou palhaço. Isso não é bico. Bico é quando trabalho com outra coisa que não isso”, explica.

Macarrão cobra R$ 300 por evento, mas avisa: “É negociável”.

Mas Macarrão já tirou, em uma só festa, R$ 1.300. “Fico com cerca de 40% do lucro, o resto vai para pagar minha filha, que fica na máquina de algodão doce, a mãe que vende crepe, o meu filho como DJ, a minha esposa que faz a decoração.

Estou construindo a minha própria mão de obra”. (JD)

5 lições para aprender com um palhaço

ESTUDE
Especialize-se. Procure não ficar só na contação de piadas e charadas. Treine aspectos do canto, da atuação, da interpretação. Quanto mais completo, mais capacitado estará para diversos tipos de trabalhos
 
APAREÇA
Apareça o máximo possível. Mostre-se. Aceite trabalhos mesmo que não tragam o retorno financeiro desejado. Assim, você se torna conhecido e acaba abrindo espaço para novos convites
 
CRIE
Crie uma marca que o diferencie dos outros palhaços. Seja criando novos personagens ou novas formas de atuação, procure ser original
 
INVISTA
Não se limite apenas a fazer festas infantis. Durante a semana, quando normalmente não há aniversários de crianças para ir animar, engaje-se em projetos pessoais ou mesmo com um grupo

NÃO APELE
Não faça piadas com defeitos físicos de crianças ou ridicularize a roupa de algum espectador. Evite apelações e comentários preconceituosos que possam causar constrangimento, você pode queimar seu nome

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