segunda-feira, 17 de outubro de 2011

DOUTOR RISADINHA REPUDIA O 'HUMOR AGRESSIVO"

Pessoal, gostei de parte deste artigo escrito por Pedro Sérgio Santos, publicado em 13 de outubro sob o título: JOVENS HUMORISTAS SE DESVIARAM DO FATO PARA A PESSOA, E PASSARAM A FAZER “HUMOR AGRESSIVO”, pois também entendo que devemos focar o fato humorístico e não nos valermos das pessoas e de suas deficiências, para fazer graça com isso. Esse tipo de humor agresseivo o Doutor Risadinha não defende! Confiram.
O riso é essencial ao ser humano. O bom humor é alem de tudo um ótimo remédio para diversos males do corpo e da alma, como vem sendo demonstrado pela medicina ao longo do tempo.

Quando nossos atos e situações nos expõem ao riso de terceiros, a sensação de alívio toma conta de quem ri, ao menos momentaneamente, de modo que fazer o outro rir é também um dom valoroso. Por isso contamos piadas, por isso pessoas se dedicam, como atividade profissional, ao riso e ao bom humor.

O Brasil é rico celeiros de humorista e escritores do riso. Chico Anísio, Costinha, Jô Soares, Tom Cavalcanti, Guri de Uruguaiana, Ariano Suassuna, Geraldo Magela, Ronald Golias, Mazaropi, Nilton Pinto e Tom Carvalho, Xexéu, Falcão, Pedro Bismark e outros tantos que focam o riso no ridículo da situação e não na pessoa, que focam o riso na ingenuidade de quem vê graça no contexto. São humoristas que não transformaram seu humor em "bulling", contra qualquer pessoa.

Todavia, há uma geração de jovens humoristas que se desviaram do fato para a pessoa, e passaram a fazer um “ humor agressivo”, violento, imoral, não porque tratam inadequadamente de temas sexuais de temas sexuais,por exemplo, mas porque violam a ética e a dignidade da pessoa humana. São humoristas que revelam uma falta de bom senso e tolerância próprios de quen não aprendeu a lidar de modo pessoal com a frustração.

Formamos nos últimos quinze anos uma geração intolerante. São seres intolerantes em casa com os pais, na escola com colegas e professores, no trabalho, no trânsito. Quando não explodem num acesso de raiva com tiros ou pedradas, passam a fazer piada com o drama alheio, porque o próximo não lhe interessa, a não ser quando o próximo é o objeto de seu escárnio.

De outro lado, o direito à liberdade de expressão assegurado na Carta Constitucional vai tomando contornos cada vez mais perigoso se utilizado por esses perigosos indivíduos do “pseudo humor” quando possuem espaço na grande mídia. Eles se sentem tão poderosos que partem para um vale-tudo, muitas vezes com consequências trágicas ou envolvendo até indefesos.

O humor de baixo nível chega a estimular gente desavisada, como jovens e adolescentes, a certas práticas abomináveis. Observe-se como exemplo o caso das famosas “pegadinhas”, onde o susto é o componente principal. Assim, cinco elementos sem qualquer senso critico, fizeram uma “pegadinha” em Brasília e com dois litros de álcool atearam fogo num índio que dormia numa parada de ônibus, levando-o à morte.

O caso recente do integrante do programa CQC, veiculado pela Rede Bandeirantes, Rafinha Bastos é tão somente a ponta do Iceberg. O comportamento deste individuo em relação à frase por ele dita e que atacou uma senhora de bem e seu filho ainda no ventre, é digno de qualquer agente fascista, que faz de sua ótica a única ótica do mundo. Wanessa Camargo vive uma gravidez; seu estado e sua pessoa devem ser respeitados. (PEDRO SERGIO DOS SANTOS é Advogado criminalista, Professor da PUC/GO e UFG e membro da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Goiânia)

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