Pessoal, essa eu não poderia deixar de compartilhar. Foi publicada no
site Hypescience em 17/jun/2015 pela jornalista Natasha Romanzoti com base em
artigo da NatGeo. Ele tem o título “ Animais podem rir (pelo menos alguns)”.
Pesquisas com animais têm mostrado que eles podem rir. Pelo menos
alguns. Até agora, sabemos que macacos e ratos sabem dar risada.
Por exemplo, Koko, a gorila famosa por sua facilidade com a linguagem
de sinais, ri quando sua cuidadora, Penny Patterson, é desajeitada ou faz sons
engraçados. Ela também tem uma risada “ho ho” especial para os visitantes que
ela gosta.
Em 2009, a psicóloga Marina Davila Ross, da Universidade de Portsmouth
no Reino Unido, realizou experimentos no qual fez cócegas em primatas jovens,
como orangotangos, gorilas e chimpanzés. Os animais responderam rindo (ou, em
linguagem técnica, “fazendo vocalizações induzidas por cócegas”).
Ross, que estuda a evolução do riso, sugere que herdamos nossa própria
capacidade de rir do último ancestral comum entre nós e os macacos, que viveu
de 10 a 16 milhões de anos atrás.
Em seu mais recente estudo, publicado na revista PLoS ONE esse ano, ela
mostra que chimpanzés também exibem “caras de riso” – sorrisos com os dentes à
mostra – mesmo quando não dão risada, ou seja, quando não fazem vocalizações.
Isso indica que esses animais podem se comunicar de formas mais versáteis do
que pensávamos, semelhante à maneira como as pessoas podem sorrir em silêncio
para transmitir emoções.
Os ratos também já ganharam cócegas. Jaak Panskepp, psicólogo e
neurocientista da Universidade do Estado de Washington nos EUA, descobriu que
os roedores fazem ruídos felizes quando recebem cosquinhas.
Os animais produziram o mesmo chilrear que costumam fazer quando estão
brincando entre si. Alguns dos ratos de laboratório gostaram tanto de ser
agradados que seguiram as mãos que lhes fizeram cócegas.
Panskepp também descobriu que os circuitos cerebrais responsáveis pelo
riso em ratos podem ser usados para estudar a emoção humana. O pesquisador
identificou sete sistemas emocionais básicos, alojados nas mesmas áreas que
ficam no cérebro humano.
Sua pesquisa inclusive tem ajudado a combater a depressão em pessoas.
Um antidepressivo testado em ensaios clínicos, chamado GLYX-13, foi proposto no
estudo do riso com ratos. “É um exemplo do que pode ser alcançado ao levarmos
os sentimentos emocionais dos animais a sério, como alvos para o
desenvolvimento medicinal psiquiátrico”, argumenta Panskepp.
Risada inteligente
Pensamos em ratos e macacos como animais inteligentes, mas os
cientistas acham que a inteligência não é um pré-requisito para o riso. Aliás,
o ato de brincar em qualquer espécie pode aumentar a inteligência social, e não
o contrário.
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