Olá Pessoal, tudo legal?
Compartilho com vocês esta matéria que foi divulgada hoje, dia 28 de abril, no
site do O Povo de Fortaleza, que trata da profissão de Palhaço das Festinhas de
Aniversário. O Tema é Rindo à Toa e foi escrito por Juliana Diógenes. Confiram
a matéria, que está bem completa.
Rindo à toda
Saber se maquiar, escolher
figurino, cantar, dançar, interpretar: para ser palhaço não basta usar nariz
vermelho e saber contar piada. O mercado pede por renovação, e os que se
destacam recebem até R$ 650 por festa
Rrrrrespeitável público! Com vocês, a profissão do
riso. A que existe em função da felicidade do outro; que nasceu para disseminar
a alegria entre pessoas de todas as idades, em qualquer lugar do mundo.
E quem disse que palhaço não pode ser uma profissão
bem remunerada. Histórias de quem está no ramo há bastante tempo mostram que,
com dedicação e muita disposição para se renovar, é possível conseguir, em
apenas uma festinha, de R$ 300 a R$ 650.
Muito do sucesso vem da vocação. Ainda menino,
André Luiz Vieira já carregava o dom da lida com crianças. Nas horas vagas, era
babá dos vizinhos pequenos, e aos 16, atuava em peças na periferia onde morava.
Mas foi ao entrar no Curso de Arte Dramática (CAD), da Universidade Federal do
Ceará (UFC), que André deu o primeiro passo à profissionalização teatral. A
partir de então, ele trilhou o caminho que o levaria a se tornar o respeitado
palhaço Escadinha, há 24 anos no mercado.
Antes de se dedicar à profissão do riso, André
atuou em peças teatrais e até no comércio, vendendo lanches num trailer. Para
atrair clientes, recorreu certo dia à fantasia de Escadinha, o que mudou a sua
vida.
“Coloquei uma roupa de palhaço e comecei a animar
as crianças que passavam na praça. De repente, a mãe de uma gostou e resolveu
me convidar para animar a festa da filha. Depois, fui só ganhando clientela”,
lembra. A partir de então, Escadinha assumiu de vez a profissão e se soltou,
passando a criar novos personagens.
André dá vida aos personagens em um lugar
inusitado: supermercados. Por mês, trabalhando seis horas diárias, fatura o
valor fixo de R$2,5 mil. Quando assume Escadinha nas festas infantis de fim de
semana, lucra em média R$ 400. Mas nada melhor para um palhaço do que o mês de
outubro, com o Dia das Crianças. André já chegou a ganhar mais de R$3 mil.
Mesmo com toda a experiência em artes cênicas, o
ator reconhece que o desafio é a renovação constante, acompanhada da prudência
nas piadas e da conquista de novos clientes. “Quando você está vestido de
palhaço, as pessoas esperam algo de você. E é função do palhaço compensar essa
expectativa”, prega.
Conselhos
Para o ator e diretor Breno Moroni, o segredo de um
bom palhaço é o estudo. Ele é formado na Academia Piolin de Artes Circenses e
já foi palhaço até em novela - foi Pingo em O Anjo Caiu do Céu.
Para ele, o ator que interpreta um palhaço tem de
levar como profissão: tem de saber cantar, dançar e interpretar. “Para eu ser
palhaço, não posso só colocar uma roupa colorida, um nariz de palhaço e pronto.
Isso é um insulto a quem estuda. Ele precisa saber se maquiar, fazer o próprio
figurino, tocar um instrumento. O melhor exemplo é Chaplin”, afirma.
ENTENDA A NOTÍCIA
Uma das figuras mais amadas do mundo circense, o
palhaço pode atuar em diferentes espaços, como circo, teatro-circo, cinema,
novela e em festas. Pode também se apresentar em praças e clubes.
Profissão não é bico
Quando o assunto é empreender, Carlos Antônio, o
Macarrão, tem o que ensinar. Afinal, garantir o sustendo de 15 filhos apenas
com festas infantis demanda estrutura e organização.
Nas primeiras atuações em festas infantis, usava pijamas com bolas de tecidos coloridas costuradas, a maquiagem da mãe e cabelo de tiras de saco plástico. Hoje, é tudo profissional.
“Quando me perguntam qual é a minha profissão, digo que sou palhaço. Isso não é bico. Bico é quando trabalho com outra coisa que não isso”, explica.
Macarrão cobra R$ 300 por evento, mas avisa: “É
negociável”.
Mas Macarrão já tirou, em uma só festa, R$ 1.300.
“Fico com cerca de 40% do lucro, o resto vai para pagar minha filha, que fica
na máquina de algodão doce, a mãe que vende crepe, o meu filho como DJ, a minha
esposa que faz a decoração.
Estou construindo a minha própria mão de obra”. (JD)
5 lições para aprender com um palhaço
ESTUDE
Especialize-se. Procure não ficar só na contação de
piadas e charadas. Treine aspectos do canto, da atuação, da interpretação.
Quanto mais completo, mais capacitado estará para diversos tipos de trabalhos
APAREÇA
Apareça o máximo possível. Mostre-se. Aceite
trabalhos mesmo que não tragam o retorno financeiro desejado. Assim, você se
torna conhecido e acaba abrindo espaço para novos convites
CRIE
Crie uma marca que o diferencie dos outros
palhaços. Seja criando novos personagens ou novas formas de atuação, procure
ser original
INVISTA
Não se limite apenas a fazer festas infantis.
Durante a semana, quando normalmente não há aniversários de crianças para ir
animar, engaje-se em projetos pessoais ou mesmo com um grupo
NÃO APELE
Não faça piadas com defeitos físicos de crianças ou
ridicularize a roupa de algum espectador. Evite apelações e comentários
preconceituosos que possam causar constrangimento, você pode queimar seu nome