Fala aí Turminha, vejam que legal este artigo postado
em 02 de julho no site Surpresaria com o título
Sorria! Faz
bem para sua saúde
Quem não
se lembra de Robim Williams em Patch Adams? No filme, o ator interpreta um
estudante de medicina que descobre o poder do riso na recuperação dos doentes.
Na vida real, os Doutores da Alegria levam a sério – com muito humor – a
brincadeira de fazer os pacientes sorrir. Os Doutores distribuem alegria a
crianças hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde há mais de 20 anos.
Batizada de ‘besteirologia’, a terapia, segundo o grupo, deve ser aplicada
diariamente até que o paciente não saiba mais como ficar triste.
“O comediante é como uma aspirina. Só
que funciona duas vezes mais rápido”
(Groucho
Marx)
Outra
terapia que chama a atenção é a Risoterapia. O tratamento consiste em resgatar
a ‘criança interior’ dos adultos. O objetivo é tornar o riso mais espontâneo e
frequente para estimular o bom humor diante de novos desafios e na busca de um
olhar mais agradável diante da vida. Afinal, sorrir torna tudo mais leve, já
percebeu?
Os Doutores e os terapeutas do
riso tem razão. Trabalhos científicos revelam que uma dose diária de sorrisos
faz bem à saúde e pode ser um remédio eficaz para prevenir e ajudar na
recuperação de doenças. O assunto é levado tão a sério pela medicina que
conferências sobre a Ciência do Sorriso são realizadas periodicamente em todo o
mundo. Em uma delas, o Dr. Wei Jiang, da
Duke University, demonstrou em seu estudo que entre mil pacientes cardíacos,
44% apresentavam maior risco de morte pela falta de um único remédio: o
sorriso.
As pesquisas demonstram ainda que
o sorriso diário ajuda a baixar a pressão arterial, reduz os estresses
hormonais, aumenta o relaxamento muscular e acelera o sistema imunológico. O
sorriso também produz endorfinas – os antidepressivos naturais em nosso corpo
responsáveis pela sensação de bem-estar.
Além
disso, sorrir não faz bem só para o corpo, como faz bem para a alma. O livro Coffe Break, da Happy Science,
dedica um capítulo inteiro ao poder do sorriso. Por meio de sua leitura, é
possível saber que emitimos vibrações de diferentes comprimentos de onda.
Quando sorrimos, o comprimento de onda muda imediatamente, como se mudasse de
canal. A vibração emitida pelo corpo passa a ser muito suave. A nossa aura é a prova: quando sorrimos,
ela cresce imediatamente. Esta é uma lei. Basta sorrir que a aura aparece mais
nítida.
“É fácil
sorrir quando somos elogiados.
Difícil é
não perder o sorriso quando somos recebidos com maldade.
Contudo
temos de fazê-lo com dedicação” (Ryuho Okawa)
E, o que é melhor: sorrir não tem
custos nem contra-indicações, é contagiante e para a vida toda! E já que o
assunto de hoje é este, nada melhor para terminar o post do que uma boa risada!
Contagie-se!
Olá Turminha do Riso, tudo legal? Êita feriadão bão, né? Para que vocês possam aproveitá-lo ainda mais, vou presenteá-lo com um excelente artigo publicado em 03 de julho no Ponto da Unidade de Riso Intensivo, escrito por Felipe Del do Centro de Formação das Artes do Palco da SP Escola do Circo.
Antes de conferirem abaixo este maravilhoso texto, convido-os a assistirem à matéria que apresentei no programa SORRIA E TENHA UM BOM DIA, sobre o Voluntariado do Riso: http://www.youtube.com/watch?v=JKeLmh1EALw
Confiram agora a íntegra do texto:
No combate contra doenças, uma arma é tão importante quanto remédios e
tratamento médico. Seu nome é sorriso, e o gosto de vê-lo em rostos de crianças
internadas é o que motiva ONGs e grupos de teatro a desenvolver trabalhos
especiais para este público. Como 2 de julho foi o Dia do Hospital, o Ponto de
hoje reúne alguns dos profissionais que levam humor a esse ambiente.
Uma das mais conhecidas entidades que trabalham nessa área é a ONG Doutores da Alegria. Fundada em 1991,
foi a primeira organização de cunho social do País a levar a palhaçada a
crianças hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde, por meio da arte
do palhaço, em caráter profissional e contínuo. Hoje, se apresentam
gratuitamente em 14 hospitais públicos, concentrados em São Paulo, Recife e
Belo Horizonte, além de manterem, desde 2003, sua própria Escola de Palhaço.
“Palhaço é quem mais percebe os limites para ter a liberdade. O palhaço
não julga, ele interage na diferença. O palhaço olha para tudo como se fosse
pela primeira vez. Explora espaços, entra no miúdo, como diz um grande poeta. O
palhaço pode ser franco, principalmente, porque depois pode levar uma bolacha.
O palhaço é feito de coragem e trabalho, trabalho, trabalho. O palhaço precisa
da precisão do atleta e da imaginação das crianças. Para a criança, tudo é
novo. Para o palhaço, tem de ser novo, de novo, de novo, de novo. Com
delicadeza, constrói uma relação de confiança e faz isso através da graça. O
palhaço subverte, mas ninguém é seu inimigo”, diz o Manifesto dos Doutores.
O grupo Clowns de Shakespeare também
já desenvolveu um trabalho desse tipo. Entre 2000 e 2001, o projeto U.P.I –
Unidade de Palhaçada Intensiva levou visitas semanais dos doutores palhaços a
dois hospitais públicos da cidade de Natal, especialmente nas enfermarias de
oncologia.
Outro grupo que foca seus esforços em extrair sorrisos dos pacientes é o
Esparatrapo. A partir de 2006, o
grupo de clowns, antes reunidos sob o nome Trupe na Estrada, passou a atuar
dentro de hospitais, especializando seu trabalho na linguagem do palhaço e na
humanização hospitalar. Em pouco tempo, estavam atuando somente dentro de
hospitais e casas de apoio, procurando pessoas em busca de aperfeiçoamento das
técnicas de clown e interesse em levar essa experiência para dentro do
hospital.
Realizadas por palhaços profissionais, todas as atividades da trupe são
gratuitas e têm como base jogos de improvisação, mas também são levadas
conforme a sensibilidade de “leitura” do outro, a linguagem lúdica, e a
espontaneidade, qualidades típicas do palhaço.
Os hospitais do estado de São Paulo contam com mais um coletivo para animar
seus pacientes. Também formado por atores profissionais, o Operação de Riso pesquisa a linguagem do palhaço desde 1998.
Investindo no “poder transformador que a arte possui”, o grupo trabalha com
público-alvo constituído por pacientes, acompanhantes, profissionais da saúde e
funcionários.
História
A ideia de levar o circo para dentro do ambiente hospitalar foi do americano Michael Christensen, que fundou,
em 1986, a Clown Care Unit, ONG que fazia visitas para alegrar crianças
internadas. Essa iniciativa repercutiu e motivou uma infinidade de outras ações
semelhantes ao redor do mundo.
Para lançar o projeto, Christensen teve de transformar uma decepção pessoal em
combustível para alegrar aqueles que estavam em situação delicada. Um ano antes
da fundação da organização, em 1985, ele perdera seu irmão para o câncer.
Entretanto, pouco antes de ser acometido pela doença, o parente havia lhe
presenteado com uma maleta de médico, pensando que o objeto poderia ser
utilizado em uma futura apresentação.
Passado um ano da morte do irmão, uma senhora o convidou para se apresentar
para crianças internadas. Lembrando imediatamente da maleta, o artista criou a personagem
Doutor Stubs. O público gostou
tanto, que o palhaço continuou se apresentando até fundar a Clown Care Unit,
que hoje tem cerca de 50 artistas especialmente treinados, que visitam e levam
alegria a dez importantes hospitais de Nova York, Washington, Boston e Seattle.
Uma história semelhante a essa ganhou as telonas em 1998, com mais um caso
real. Com Robin Williams no papel principal, “Patch Adams, o Amor É Contagioso”
é baseado na vida de Hunter Adams,
um americano que, aos 40 anos, internou-se por conta própria numa clínica
psiquiátrica ao entrar em depressão.
Após perceber que seus problemas eram simples comparados aos dos outros
internos, “Patch”, como passou a ser chamado ali, resolveu sair e, dois anos
depois, ingressou no curso de Medicina, onde chamou atenção com seu estilo
irreverente e brincalhão de trabalhar. Ele acreditava que um tratamento com
compaixão, envolvimento, empatia e humor era tão importante para a recuperação
de doentes quanto remédios e outros recursos.
Concluída a formação como um dos melhores da turma, Patch Adams montou, em
1971, sua almejada clínica, o Instituto
Gesundheit (que significa “saúde”, em alemão), que atende pacientes
gratuitamente. Logo, a organização se tornou referência para milhares de
profissionais e estimulou o surgimento de outros grupos com a mesma premissa: a
de que o médico deve melhorar a qualidade de vida do paciente, e não apenas
adiar a morte. Atualmente, o médico e sua trupe de palhaços viajam o mundo
levando humor a áreas em situação de guerra, pobreza e epidemia.