Olá Turminha do Riso, tudo legal? Vou compartilhar com vocês uma matéria e vídeo muito interessantes sobre Yoga do Riso para a terceira idade em Portugal, que vocês poderão assistir no endereço ao final deste artigo, que foi publicado por Ricardo Paz Barroso hoje (04 de Julho de 2011) com o título: "Riso. Como administrar o melhor remédio aos idosos". Confiram a matéria abaixo e o vídeo ao final, no qual vocês conhecerão o Jorg, com quem me certifiquei Líder da Gargalhada. Ele é muito gente boa.
Rir e sonhar são duas actividades de luxo. O i foi ver como são usadas como terapia junto dos mais velhos
Pode uma pessoa idosa desterrada nos confins orientais de Lisboa, num convento do século xvii decadente transformado num lar de terceira idade, ter razões para rir? Pode, se estiver numa aula da Escola do Riso. E mais ainda se estiver na Terra dos Sonhos. Expliquemo-nos: estamos na sala de televisão da Mansão de Santa Maria de Marvila, um lar de idosos com capacidade para mais de 190 utentes, instalado no antigo Mosteiro de Marvila, que data de 1660. Muito riso vai por ali. Não está a dar uma edição de final de tarde de "O Preço Certo", com as piadas desbragadas de Fernando Mendes, nessa espécie de prime time dos idosos, que jantam e se deitam cedo, e a televisão está mesmo apagada. Não há ali nenhum palhaço e ninguém está demente.
A culpa é de Jorg Helms e da sua equipa. Este alemão de 41 anos fala e esbraceja muito e abraça velhotes que o observam, entre a diversão e o espanto. Jorg também dança com octogenárias envergonhadas e põe até as auxiliares do serviço a trabalhar para ele incentivando os idosos a participar nesta sessão tão bizarra e fora da rotina daquele lar. Há braços no ar, abraços colectivos e muitos sorrisos de orelha a orelha.
Jorg (que se apresenta como Jorge, para facilitar a comunicação) tem uma boa desculpa para este comportamento esfuziante, até frenético: é o presidente da Escola do Riso e explica ao i as vantagens da gargalhada: "O riso trabalha a todos os níveis do corpo humano, oxigenando-o, aliviando os sintomas de stresse, prevenindo estados depressivos, desenvolvendo a autoconfiança." Jorg cita estudos que comprovam todos os benefícios do riso. E refere que na Alemanha, país considerado sisudo pelo Sul da Europa, "há empresas que fazem sessões de riso semanais junto dos seus funcionários, e também há várias escolas em que as crianças começam o dia com sessões de riso".
Esta técnica ganha adeptos em Portugal e Jorg traduz a prática em números: "Já formámos 400 pessoas nas técnicas do riso."
Voltemos a Marvila, onde trabalhar o riso com idosos - muitos habituados desde a infância ao provérbio "muito riso, pouco siso" - requer técnicas mais apuradas: "É preciso tocar-lhes, olhá-los olhos nos olhos, chamar a sua atenção e quebrar as barreiras da desconfiança, típicas de quem envelhece fechado num lar", conta Inês Subtil, uma das animadoras da equipa. "Os idosos têm os sentidos mais limitados", acrescenta, "mas até já nos contaram que hoje viram alguns companheiros a rir pela primeira vez desde que cá estão."
Mas nem só de riso tem sido feita a realidade deste lar, gerido pela Fundação D. Pedro IV. Também a Terra dos Sonhos, uma instituição que realiza sonhos de crianças e idosos, marca presença neste dia. "Mas estamos aqui em segredo", sussurra-nos Violeta Lapa, da associação, que até enverga uma t-shirt da Escola do Riso para passar despercebida.
Há cerca de um ano que estão a trabalhar neste lar de idosos. A ideia é identificar sonhos dos idosos e concretizá- -los, o que parece ser difícil: "Os idosos não sonham muito. Muitos deles perderam mesmo a capacidade de sonhar", revela-nos.
Ainda assim, já foram cumpridos os sonhos de três utentes: Zé Filipe, 57 anos, ex-encadernador que sofre de uma doença degenerativa que o obriga a andar de cadeira de rodas, foi conhecer a cantora Ivete Sangalo ao camarim no Pavilhão Atlântico, na sua passagem em Maio. Trouxe de lá uma foto autografada, agora exposta com orgulho no quarto. No caso de Aida, que foi "modista de alta-costura" e tem perda progressiva de visão, o sonho também passou pela música, mas no São Carlos, onde foi ver uma ópera de que já não recorda o nome. Recorda, isso sim, e com orgulho, "ter almoçado no restaurante do São Carlos" e de se ter "sentado no camarote presidencial". Costuma-se dizer que os sonhos são à medida de quem os sonha e, no caso de João Pereira, que foi sem-abrigo, o grande desejo passava por umas "iscas com batata cozida". João acaba por dizer "que faltou ali alguma coisa", não sabia bem o quê, mas garante que conseguiu mesmo realizar um sonho.
http://www.ionline.pt/conteudo/134302-riso-como-administrar-o-melhor-remedio-aos-idosos--video
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