Olá Pessoal! Hoje, 8 de março, para comemorar o Dia Internacional de Mulher, lhes apresento meu artigo "RISO DE MULHER", que trata da relação delas com ele: O Riso.
"Impreciso, diria misterioso, indecifrável riso de mulher...” (Olhar 43 - RPM)
No dia 8 de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Neste dia, do ano de 1857, as operárias de uma indústria têxtil em Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas diárias. Mas infelizmente por ordem de algum maluco, elas foram fechadas na fábrica quando se iniciava um incêndio. Resultado: 129 delas vieram a falecer.
Então em 1910, na II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas realizada em Copenhague, na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o dia 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". Somente em 1975, mais de 100 anos depois daquela tragédia, esta data foi reconhecida pela ONU.
E aproveitando esta merecida comemoração, Marcelo Pinto, conhecido como Doutor Risadinha, gostaria de presentea-las com algumas informações sobre a amigável relação da Mulher com o Riso, sendo o enigmático “Sorriso de Monalisa”, obra de Leonardo Da Vinci, o sorriso feminino mais famoso e indecifrável até hoje.
Alguns autores afirmam que Monalisa ou Gioconda (ela chamava-se Lisa Gherardini, esposa do rico mercador florentino Francesco Del Giocondo), posou para Da Vinci por 4 anos, sendo que ele jamais chegou a concluir o trabalho, como desejava, pois o marido dela ficou impaciente com a demora, proibindo-a de continuar posando.
Já o escritor argentino Rubén Delauro, informa existirem autores que acreditam encontrar em “Gioconda” um autoretrato de Leonardo da Vinci representado como mulher, pois na época sentia-se impossibilitado de mostrar ao mundo suas verdadeiras tendências homossexuais. E você o que acha?
O Som do Riso Feminino. Segundo a psicóloga e pesquisadora do comportamento humano Mariana Funes, a risada das mulheres têm uma freqüência mais elevada (cerca de 502 hertz) do que os homens (cerca de 276 hertz).
As mulheres são mais predispostas ao riso. Elas riem 20% a mais do que os homens. Um estudo proveniente da França, concluiu isso, quando constatou que 30% das mulheres riem às gargalhadas 2 ou 3 vezes ao dia. Estatísticas mostram que 93% das mulheres respondem com um riso a outro riso, contra apenas 67% dos homens.
Outras estatísticas mostram que 72% das mulheres riem instantaneamente pelo riso de outras pessoas (contra 56% dos homens) e riem muito mais quando estão na presença dos homens, pois estes dizem mais piadas na presença delas. Daí vem uma dica do Doutor Risadinha: se você quiser conquistar uma mulher, comece fazendo-a rir na sua companhia.
Boa Notícia. O Riso Emagrece: Foi apresentada no 14º Congresso Europeu Anual sobre Obesidade realizado em 2005, uma pesquisa realizada na Univ. Vanderbilt, EUA, que constatou que 10 a 15 minutos de boas risadas queimam aproximadamente 50 calorias (equivalente a uma barra média de chocolate), ou seja, 2 kg por ano. “Os participantes queimaram 20% a mais de calorias quando deram gargalhadas do que quando não deram”, disse Maciej Buchowski, chefe do estudo e profº de Bionutrição.
Outra Boa Notícia. O Riso Rejuvenesce. Levar a vida de forma bem humorada, funciona como um excelente remédio contra o envelhecimento da pele, pois o movimento muscular facial e a irrigação sanguínea que o riso e o sorriso produzem é que desenrrugam. Ao contrário, quando ficamos nervosos, ansiosos ou angustiados, acabamos contraindo a musculatura do rosto e com o tempo, desenvolvemos as rugas e aceleramos o processo de degeneração da pele.
O Riso é Longevidade. E para finalizar o Doutor Risadinha destaca que em recente estudo realizado na Universidade de Navarra, constatou-se que rir pelo menos 15 minutos por dia pode aumentar nossa expectativa de vida em quatro anos na média.
“Nas duas faces de Eva / a Bela e a Fera / um certo Sorriso / de quem nada quer / sexo frágil / não foge à luta ...” (Cor de rosa choque – Rita Lee).
quarta-feira, 9 de março de 2011
DOUTOR RISADINHA APRESENTA O ELIXIR DO RISO
Pessoal, olha que presentão! Em primeira mão, apresento-lhes esta matéria especial postada em 7 de março, que saiu na última edição da revista Bons Fluídos, cujo brilhante texto é de autoria de Raphaela de Campos Mello, contando com a participação dos meus queridos amigos Dr. Eduardo Lambert, autor do best seller Terapia do Riso; Conceição Trucom do Doce Limão e Úrsula e Mari do CGB.
O elixir do riso
Com essa poção você pode se embriagar à vontade. Rir desperta os hormônios do prazer, fortalece o coração e as defesas do organismo, turbina a criatividade e ainda queima calorias. Haja abdômen para praticar a mais prazerosa das ginásticas!
Quando foi a última vez que você soltou uma gargalhada daquelas que fazem torcer o abdômen e produzir baldes de lágrimas? Se um médico lançasse essa pergunta numa consulta de rotina, o paciente certamente colocaria em dúvida a reputação do profissional. Pois saiba que essa inquirição é mais reveladora do que supomos. Quem ri pouco pode estar padecendo dos males provocados por uma doença chamada “déficit de alegria”.
O riso é um “medicamento” 100% orgânico, gratuito e contagiante, idealizado pela fisiologia humana para ser consumido sem moderação. “Ele relaxa o corpo e a mente, fortalece as defesas do organismo, melhora a circulação e a pressão arterial e libera endorfina, hormônio que promove uma sensação de bem-estar geral”, afirma o médico e homeopata Eduardo Lambert, autor de A Terapia do Riso – A Cura pela Alegria (Pensamento).
O êxtase proporcionado por uma bela risada é imediato. Não precisamos de mais nada pelo resto do dia. De toda forma, não custa listar o que a ciência andou descobrindo sobre o assunto. Cardiologistas do Centro Médico de Maryland, Estados Unidos, comprovaram que a serotonina, neurotransmissor relacionado ao bem-estar, liberada pelo riso protege o coração contra infarto, trombose e acidente vascular. Do outro lado do globo, cientistas japoneses ligados à Universidade de Tsukuba verificaram a queda da taxa de glicose em sucessivos grupos de diabéticos convidados a se regozijarem com apresentações teatrais cômicas. O ato de rir ainda se configura como a mais prazerosa das ginásticas. A cada 15 minutos de prática, queimamos 40 calorias, segundo uma pesquisa realizada pela Universidade Vanderbilt , nos Estados Unidos.
Mesmo quando o assunto é sério, como é o caso do adoecer, o riso encontra espaço. Não só pode como deve ser injetado em faces combalidas por enfermidade. Quem ousou detonar essa revolução dentro dos hospitais – a princípio, território da tristeza e da seriedade – foi o médico americano Hunter “Patch” Adams, cuja batalha contra o protocolo hospitalar foi retratada no filme Patch Adams – O Amor É Contagioso (1998).
Imagine quanta audácia não foi necessária para um médico afirmar na década de 1960 que o riso é terapêutico, ou seja, favorece a reabilitação e até a cura dos pacientes. “Uma piada de mau gosto”, Adams ouviu de seus colegas e superiores na época. Com o passar do tempo e o acúmulo de resultados positivos, a técnica de levar o bom humor a quem está sob >> cuidados médicos ganhou o mundo. No Brasil, esse trabalho é desenvolvido pela ONG Doutores da Alegria, para o alento de crianças, pais e profissionais da saúde.
Riso e budismo
Para a química e cientista Conceição Trucom, autora de Mente e Cérebro Poderosos – Um Guia Prático para a sua Saúde Psíquica e Emocional (Cultrix), o ato de rir é um portal para o estado meditativo. “As pernas amolecem, o corpo balança e o pensamento para”, ela afirma. Melhor ainda se o impulso vier de dentro. “O chamado riso búdico começa na alma e depois se manifesta no corpo físico, sobretudo nos olhos, que passam a brilhar. É uma energia de elevada potência que nos acorda, nos torna presentes”, diz a autora.
Aposto que nesse instante sua mente foi invadida pela imagem da estatueta de Buda com a barriga saliente e os dentes à mostra. Sim, essa é a representação mais fiel do tal riso búdico. Só de olhar para o adorno ficamos mais leves. Mas se Buda foi um príncipe de porte físico notável, por que sua estátua ganhou uma pança? O motivo parece óbvio para o guru indiano Osho: “Como você pode dar uma gargalhada com uma barriga pequenininha? Tudo é reprimido na barriga. Assim, quando você ri de verdade, essa região do corpo vibra”, ele afirma no livro Vida, Amor e Riso (Gente).
A representação avantajada de Buda também pode ser interpretada como um exercício de bom humor praticado pelos próprios budistas. Quem diria, os seguidores debochando do mestre supremo. Qual a lógica disso? Não, não se trata de desrespeito religioso. O riso tornou-se a base da tradição zen a partir do dia em que o discípulo Mahakashyap soltou uma sonora gargalhada na presença de Buda. Reza a lenda que o iluminado permaneceu horas em silêncio admirando uma flor enquanto a plateia inquieta ansiava por ouvir seus ensinamentos. Nenhum dos presentes foi capaz de entender a cena, com exceção de Mahakashyap, que a certa altura quebrou o gelo e caiu no riso.
Segundo Osho, o comportamento do discípulo equivale à reação de quem decifra uma charada. No caso, a “piada cósmica”. Explico. A percepção de que movemos mundos e fundos para encontrar o sentido da existência quando a resposta estava o tempo todo dentro de nós. Na nossa divindade. Por isso, para os budistas, somente a quietude interior é capaz de desencadear o verdadeiro riso. “Quando o riso nasce do silêncio não é algo deste mundo; ele é divino”, diz o sábio indiano.
Freio puxado
Entre nós, mortais, tantas vezes subordinados à vontade de agradar ao outro e ainda corresponder às normas de etiqueta, o riso se vê obrigado a passar pelo rolo compressor da contenção e, pior ainda, da dissimulação. Ele também perde boa parte do viço quando é limado pela timidez, o que é compreensível. Quem ri com gosto inevitavelmente se faz notar. E, não raro, acaba sendo confundido com um tipo vulgar. Puro preconceito.
Na maioria dos casos, a trava interna que não nos permite explicitar nosso contentamento é tão antiga quanto o álbum de família, empoeirado, na estante. Na hora em que a alegria quer transbordar, vem a patrulha dos valores cristalizados nos lembrar do que estamos cansadas de ouvir desde a tenra idade: “A vida não é um mar de rosas”, “É sofrendo que se aprende”, “Você parece uma boba, só sabe rir das coisas”. Ninguém, a não ser nós mesmas, pode Especial corpo & mente em sintonia conceder o aval para rirmos sem pudor, com a boca aberta, por que não? “Devemos partir para a reavaliação de nossos valores, visando ao descondicionamento de tantas mensagens hereditárias”, diz Eduardo Lambert.
As mulheres são as grandes vítimas dessa repressão, revela a antropóloga Mirian Goldenberg, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 2010, ela realizou a pesquisa intitulada A Cultura da Risada, com 125 homens e 125 mulheres cariocas de classe média. “O riso é uma forma importantíssima de comunicação no Brasil. Significa que sabemos e queremos ter prazer e ser felizes, mesmo no meio de dificuldades”, afirma.
No entanto, a fachada alto-astral esconde uma discrepância entre os gêneros no que diz respeito à permissividade para rir. A ala masculina se beneficia muito mais desse cartão de visitas do que a feminina. “A primeira pergunta da pesquisa foi: você ri muito ou pouco? Responderam ‘muito‘ 84% dos homens, enquanto 68% das mulheres deram a mesma resposta. É uma diferença bastante significativa”, diz Mirian.
O estudo foi além. Detectou que 60% dos homens estão satisfeitos com sua cota de risadas. Já o mesmo contingente de mulheres confessa que gostaria de rir mais. A pergunta que não quer calar: “O que nos impede de sorrir com mais frequência?” Os homens riem dos amigos e com os amigos, no trabalho, no bar, em situações diversas. Dizem que têm bom humor, que são bobos, descontraídos. As mulheres riem menos porque se preocupam com a autoimagem, com a postura profissional, com o que os outros vão achar e também por terem menos oportunidades para rir”, afirma a antropóloga.
“O riso é uma forma importantíssima de comunicação no Brasil. Significa que sabemos e queremos ter prazer e ser felizes, mesmo no meio de dificuldades”, Mirian Goldenberg, antropóloga
Reaprendendo a sorrir
Para muitas pessoas, a sugestão a seguir pode soar como maluquice, coisa de gente alternativa. Nada disso. Homens e mulheres podem reaprender a rir com a ajuda de terapeutas especializados em risoterapia ou na terapia do riso. A indicação vale tanto para indivíduos contidos como para aqueles que estão atravessando uma fase difícil, incluindo quadros de depressão. Nesse caso, a terapia é complementar, ou seja, não exclui o tratamento convencional com psiquiatra.
Em Belo Horizonte, Minas Gerais, funciona o Clube da Gargalhada, fundado pelas terapeutas e professoras de ioga Ursula L. Kirchner e Mari Tereza Nascimento Vieira. “Sentimos necessidade de criar um espaço em que as pessoas pudessem se expressar e reaprender a gargalhar, despertando sua criança interior”, diz Mari. A iniciativa segue os fundamentos da hasya ioga (ioga do riso), criada pelo médico indiano dr. Madan Kataria, em 1995. “De acordo com essa vertente, o riso nasce do corpo, por meio de mímicas, movimentos, exercícios de respiração e emissão de sons”, afirma Ursula.
O riso proveniente do intelecto, como aquele disparado após ouvirmos uma piada, não interessa ao grupo. O alvo aqui é o aspecto lúdico da experiência. Num primeiro momento, a risada é induzida pelas terapeutas por meio de exercícios vocais, como a repetição do mantra “ho ho ho, ha ha ha”. “Esse som reflete-se no abdômen, ponto-chave da risada”, diz Ursula. Nas sessões, individuais ou coletivas, também são sugeridas gargalhadas temáticas, como a do ônibus lotado, inspirada nessa situação cotidiana. “Seguramos na barra imaginária do veículo e trememos, balançamos o corpo de um lado para o outro. A graça aparece naturalmente e contagia o grupo”, afirma Mari.
O corpo humano não sabe diferenciar o riso induzido do espontâneo. Portanto, vale a pena enganá-lo. “A reação neurofisiológica é similar, ou seja, o cérebro produz nos dois casos os chamados hormônios da alegria: endorfina, dopamina e serotonina”, diz Ursula. No entanto, dependendo do estado emocional do praticante, a gargalhada pode demorar a brotar. É natural. O importante, ressaltam as especialistas, é permanecer na sessão nem que seja apenas para observar os companheiros. “Como o riso é contagiante, nada melhor do que olhar os outros rirem para se contaminar e acabar rindo junto”, afirma a terapeuta.
A dupla, pioneira na América do Sul, manuseia uma arma bastante poderosa. Cada vez mais empregada não só em grupos terapêuticos como também em empresas mundo afora. “A terapia do riso melhora a autoestima e a autoconfiança, estimula a criatividade e a espontaneidade, rejuvenesce o espírito, relaxa o corpo e ainda nos ajuda a relativizar os problemas”, diz Mari.
A empresária mineira Adelaide Vilas Boas, de 61 anos, procurou o Clube da Gargalhada após um período de provações que lhe roubou o colorido da vida. Hoje, reanimada, enxerga motivos para sorrir em todo canto. “Aprendi a entrar em contato comigo mesma e a expressar meus sentimentos”, afirma. No começo, ela confessa, só ria da boca para fora. “Com o tempo, soltei minhas travas e comecei a rir por dentro”, diz. A vida ganhou tônus, vibração. A mente está focada nos bons pensamentos. “Senti ânimo para voltar a trabalhar e a fazer ginástica. Acordo bem disposta e confiante. Estou sempre rindo à toa”, afirma.
http://bonsfluidos.abril.com.br/edicoes/0144/especiais/elixir-riso-direcao-620470.shtml
O elixir do riso
Com essa poção você pode se embriagar à vontade. Rir desperta os hormônios do prazer, fortalece o coração e as defesas do organismo, turbina a criatividade e ainda queima calorias. Haja abdômen para praticar a mais prazerosa das ginásticas!
Quando foi a última vez que você soltou uma gargalhada daquelas que fazem torcer o abdômen e produzir baldes de lágrimas? Se um médico lançasse essa pergunta numa consulta de rotina, o paciente certamente colocaria em dúvida a reputação do profissional. Pois saiba que essa inquirição é mais reveladora do que supomos. Quem ri pouco pode estar padecendo dos males provocados por uma doença chamada “déficit de alegria”.
O riso é um “medicamento” 100% orgânico, gratuito e contagiante, idealizado pela fisiologia humana para ser consumido sem moderação. “Ele relaxa o corpo e a mente, fortalece as defesas do organismo, melhora a circulação e a pressão arterial e libera endorfina, hormônio que promove uma sensação de bem-estar geral”, afirma o médico e homeopata Eduardo Lambert, autor de A Terapia do Riso – A Cura pela Alegria (Pensamento).
O êxtase proporcionado por uma bela risada é imediato. Não precisamos de mais nada pelo resto do dia. De toda forma, não custa listar o que a ciência andou descobrindo sobre o assunto. Cardiologistas do Centro Médico de Maryland, Estados Unidos, comprovaram que a serotonina, neurotransmissor relacionado ao bem-estar, liberada pelo riso protege o coração contra infarto, trombose e acidente vascular. Do outro lado do globo, cientistas japoneses ligados à Universidade de Tsukuba verificaram a queda da taxa de glicose em sucessivos grupos de diabéticos convidados a se regozijarem com apresentações teatrais cômicas. O ato de rir ainda se configura como a mais prazerosa das ginásticas. A cada 15 minutos de prática, queimamos 40 calorias, segundo uma pesquisa realizada pela Universidade Vanderbilt , nos Estados Unidos.
Mesmo quando o assunto é sério, como é o caso do adoecer, o riso encontra espaço. Não só pode como deve ser injetado em faces combalidas por enfermidade. Quem ousou detonar essa revolução dentro dos hospitais – a princípio, território da tristeza e da seriedade – foi o médico americano Hunter “Patch” Adams, cuja batalha contra o protocolo hospitalar foi retratada no filme Patch Adams – O Amor É Contagioso (1998).
Imagine quanta audácia não foi necessária para um médico afirmar na década de 1960 que o riso é terapêutico, ou seja, favorece a reabilitação e até a cura dos pacientes. “Uma piada de mau gosto”, Adams ouviu de seus colegas e superiores na época. Com o passar do tempo e o acúmulo de resultados positivos, a técnica de levar o bom humor a quem está sob >> cuidados médicos ganhou o mundo. No Brasil, esse trabalho é desenvolvido pela ONG Doutores da Alegria, para o alento de crianças, pais e profissionais da saúde.
Riso e budismo
Para a química e cientista Conceição Trucom, autora de Mente e Cérebro Poderosos – Um Guia Prático para a sua Saúde Psíquica e Emocional (Cultrix), o ato de rir é um portal para o estado meditativo. “As pernas amolecem, o corpo balança e o pensamento para”, ela afirma. Melhor ainda se o impulso vier de dentro. “O chamado riso búdico começa na alma e depois se manifesta no corpo físico, sobretudo nos olhos, que passam a brilhar. É uma energia de elevada potência que nos acorda, nos torna presentes”, diz a autora.
Aposto que nesse instante sua mente foi invadida pela imagem da estatueta de Buda com a barriga saliente e os dentes à mostra. Sim, essa é a representação mais fiel do tal riso búdico. Só de olhar para o adorno ficamos mais leves. Mas se Buda foi um príncipe de porte físico notável, por que sua estátua ganhou uma pança? O motivo parece óbvio para o guru indiano Osho: “Como você pode dar uma gargalhada com uma barriga pequenininha? Tudo é reprimido na barriga. Assim, quando você ri de verdade, essa região do corpo vibra”, ele afirma no livro Vida, Amor e Riso (Gente).
A representação avantajada de Buda também pode ser interpretada como um exercício de bom humor praticado pelos próprios budistas. Quem diria, os seguidores debochando do mestre supremo. Qual a lógica disso? Não, não se trata de desrespeito religioso. O riso tornou-se a base da tradição zen a partir do dia em que o discípulo Mahakashyap soltou uma sonora gargalhada na presença de Buda. Reza a lenda que o iluminado permaneceu horas em silêncio admirando uma flor enquanto a plateia inquieta ansiava por ouvir seus ensinamentos. Nenhum dos presentes foi capaz de entender a cena, com exceção de Mahakashyap, que a certa altura quebrou o gelo e caiu no riso.
Segundo Osho, o comportamento do discípulo equivale à reação de quem decifra uma charada. No caso, a “piada cósmica”. Explico. A percepção de que movemos mundos e fundos para encontrar o sentido da existência quando a resposta estava o tempo todo dentro de nós. Na nossa divindade. Por isso, para os budistas, somente a quietude interior é capaz de desencadear o verdadeiro riso. “Quando o riso nasce do silêncio não é algo deste mundo; ele é divino”, diz o sábio indiano.
Freio puxado
Entre nós, mortais, tantas vezes subordinados à vontade de agradar ao outro e ainda corresponder às normas de etiqueta, o riso se vê obrigado a passar pelo rolo compressor da contenção e, pior ainda, da dissimulação. Ele também perde boa parte do viço quando é limado pela timidez, o que é compreensível. Quem ri com gosto inevitavelmente se faz notar. E, não raro, acaba sendo confundido com um tipo vulgar. Puro preconceito.
Na maioria dos casos, a trava interna que não nos permite explicitar nosso contentamento é tão antiga quanto o álbum de família, empoeirado, na estante. Na hora em que a alegria quer transbordar, vem a patrulha dos valores cristalizados nos lembrar do que estamos cansadas de ouvir desde a tenra idade: “A vida não é um mar de rosas”, “É sofrendo que se aprende”, “Você parece uma boba, só sabe rir das coisas”. Ninguém, a não ser nós mesmas, pode Especial corpo & mente em sintonia conceder o aval para rirmos sem pudor, com a boca aberta, por que não? “Devemos partir para a reavaliação de nossos valores, visando ao descondicionamento de tantas mensagens hereditárias”, diz Eduardo Lambert.
As mulheres são as grandes vítimas dessa repressão, revela a antropóloga Mirian Goldenberg, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 2010, ela realizou a pesquisa intitulada A Cultura da Risada, com 125 homens e 125 mulheres cariocas de classe média. “O riso é uma forma importantíssima de comunicação no Brasil. Significa que sabemos e queremos ter prazer e ser felizes, mesmo no meio de dificuldades”, afirma.
No entanto, a fachada alto-astral esconde uma discrepância entre os gêneros no que diz respeito à permissividade para rir. A ala masculina se beneficia muito mais desse cartão de visitas do que a feminina. “A primeira pergunta da pesquisa foi: você ri muito ou pouco? Responderam ‘muito‘ 84% dos homens, enquanto 68% das mulheres deram a mesma resposta. É uma diferença bastante significativa”, diz Mirian.
O estudo foi além. Detectou que 60% dos homens estão satisfeitos com sua cota de risadas. Já o mesmo contingente de mulheres confessa que gostaria de rir mais. A pergunta que não quer calar: “O que nos impede de sorrir com mais frequência?” Os homens riem dos amigos e com os amigos, no trabalho, no bar, em situações diversas. Dizem que têm bom humor, que são bobos, descontraídos. As mulheres riem menos porque se preocupam com a autoimagem, com a postura profissional, com o que os outros vão achar e também por terem menos oportunidades para rir”, afirma a antropóloga.
“O riso é uma forma importantíssima de comunicação no Brasil. Significa que sabemos e queremos ter prazer e ser felizes, mesmo no meio de dificuldades”, Mirian Goldenberg, antropóloga
Reaprendendo a sorrir
Para muitas pessoas, a sugestão a seguir pode soar como maluquice, coisa de gente alternativa. Nada disso. Homens e mulheres podem reaprender a rir com a ajuda de terapeutas especializados em risoterapia ou na terapia do riso. A indicação vale tanto para indivíduos contidos como para aqueles que estão atravessando uma fase difícil, incluindo quadros de depressão. Nesse caso, a terapia é complementar, ou seja, não exclui o tratamento convencional com psiquiatra.
Em Belo Horizonte, Minas Gerais, funciona o Clube da Gargalhada, fundado pelas terapeutas e professoras de ioga Ursula L. Kirchner e Mari Tereza Nascimento Vieira. “Sentimos necessidade de criar um espaço em que as pessoas pudessem se expressar e reaprender a gargalhar, despertando sua criança interior”, diz Mari. A iniciativa segue os fundamentos da hasya ioga (ioga do riso), criada pelo médico indiano dr. Madan Kataria, em 1995. “De acordo com essa vertente, o riso nasce do corpo, por meio de mímicas, movimentos, exercícios de respiração e emissão de sons”, afirma Ursula.
O riso proveniente do intelecto, como aquele disparado após ouvirmos uma piada, não interessa ao grupo. O alvo aqui é o aspecto lúdico da experiência. Num primeiro momento, a risada é induzida pelas terapeutas por meio de exercícios vocais, como a repetição do mantra “ho ho ho, ha ha ha”. “Esse som reflete-se no abdômen, ponto-chave da risada”, diz Ursula. Nas sessões, individuais ou coletivas, também são sugeridas gargalhadas temáticas, como a do ônibus lotado, inspirada nessa situação cotidiana. “Seguramos na barra imaginária do veículo e trememos, balançamos o corpo de um lado para o outro. A graça aparece naturalmente e contagia o grupo”, afirma Mari.
O corpo humano não sabe diferenciar o riso induzido do espontâneo. Portanto, vale a pena enganá-lo. “A reação neurofisiológica é similar, ou seja, o cérebro produz nos dois casos os chamados hormônios da alegria: endorfina, dopamina e serotonina”, diz Ursula. No entanto, dependendo do estado emocional do praticante, a gargalhada pode demorar a brotar. É natural. O importante, ressaltam as especialistas, é permanecer na sessão nem que seja apenas para observar os companheiros. “Como o riso é contagiante, nada melhor do que olhar os outros rirem para se contaminar e acabar rindo junto”, afirma a terapeuta.
A dupla, pioneira na América do Sul, manuseia uma arma bastante poderosa. Cada vez mais empregada não só em grupos terapêuticos como também em empresas mundo afora. “A terapia do riso melhora a autoestima e a autoconfiança, estimula a criatividade e a espontaneidade, rejuvenesce o espírito, relaxa o corpo e ainda nos ajuda a relativizar os problemas”, diz Mari.
A empresária mineira Adelaide Vilas Boas, de 61 anos, procurou o Clube da Gargalhada após um período de provações que lhe roubou o colorido da vida. Hoje, reanimada, enxerga motivos para sorrir em todo canto. “Aprendi a entrar em contato comigo mesma e a expressar meus sentimentos”, afirma. No começo, ela confessa, só ria da boca para fora. “Com o tempo, soltei minhas travas e comecei a rir por dentro”, diz. A vida ganhou tônus, vibração. A mente está focada nos bons pensamentos. “Senti ânimo para voltar a trabalhar e a fazer ginástica. Acordo bem disposta e confiante. Estou sempre rindo à toa”, afirma.
http://bonsfluidos.abril.com.br/edicoes/0144/especiais/elixir-riso-direcao-620470.shtml
DOUTOR RISADINHA apresenta o Bloco Carnavalesco GARGALHADA
Turminha, boa tarde! Vejam que legal esta iniciativa de inclusão social com alegria! A matéria foi postada em 04 de março e fala sobre o inusitado Bloco Carnavalesco do Rio de Janeiro, chamado Bloco Gargalhada. Dessa eu gostei!
Bloco Gargalhada - INCLUSÃO SOCIAL COM ALEGRIA NO CARNAVAL
Muitos poderão ouvir os sons, a música, as vozes, ver as cores, as pessoas e tudo o que estiver acontecendo e ainda poderão sambar, pular, brincar e desfilar usando suas próprias pernas. Outros não. Não ouvirão os sons, não verão as cores e andarão sem sair do lugar. Mas todos poderão se divertir muito e desfrutar da alegria de sair em um bloco de carnaval: no Bloco Gargalhada – que há sete anos vem promovendo a inclusão de deficientes na festa de Momo.
Fundado em 2004, no tradicional bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, o Bloco Gargalhada surgiu com a proposta de ser um baluarte da alegria e descontração e hoje se transformou em um modelo de inclusão social numa festa onde os deficientes – sejam surdos, cegos, cadeirantes e outros – recebem pouca atenção (ou nenhuma) às suas necessidades especiais.
O Bloco Gargalhada foi a primeira agremiação carnavalesca a colocar um Interprete de LIBRAS, Linguagem de Sinais (e continua sendo a única) em todos os seus eventos – inclusive no desfile - possibilitando a verdadeira integração e participação de deficientes auditivos. Em 2010, oito ritmistas surdos sairam na bateria tocando ganzás e este ano em parceria com o grupo Anjos de Visão vai ampliar a inclusão e receber foliões cadeirantes, cegos, anões, deficientes intelectuais, entre outros.
Queremos ir mais longe no nosso genuíno processo de inclusão. Juntamos novas competências ao nosso bloco e, além das Gargalhetes surdas, do nosso webdesigner que também é surdo, teremos a estréia de um compositor cego que compôs a marchinha do bloco em parceria com Cheila Felton, Produtora de Eventos Solidários e coordenadora do grupo Anjos de Visão. Teremos ainda mais uma gargalhete cadeirante – explica Yolanda Braconnot, presidente do Bloco Gargalhada.
A advogada Debora Prates está ansiosa para cair na folia pela primeira vez depois que perdeu totalmente a visão, há quatro anos. Ela desfilará com um inseparável amigo: o seu cão guia. Estou super animada e sei que vai ser muito divertido - afirma.
O Bloco Gargalha desfila no domingo dia 6/3, às 16 horas, na Avenida 28 de setembro. A concentração será na Associação Atlética Vila Isabel possibilitando a integração dos foliões sócios do clube com os demais componentes, em um local seguro e agradável, com facilidades de alimentação, banheiros e sem a exposição durante esse período ao sol. Haverá também almoço ao som de marchinhas de carnaval. Cerca de mil foliões de todas as idades, com e sem deficiência estão sendo esperados.
Como tema, o Bloco Gargalhada escolheu o deputado palhaço Tiririca – a grande piada séria de 2010, que também foi convidado para participar da festa. O refrão da marchinha é: HA, HÁ, HA!!! HI, HI, HI!!! TO NO GARGALHADA, PRA FAZER VOCÊ SORRIR!!!
E quem quiser chegar, é só gargalhar... Para conhecer a história completa do bloco
visite : http://www.blocogargalhada.com/
http://www.mixculturainformacaoearte.com/2011/03/inclusao-social-com-alegria-no-carnaval.html
Bloco Gargalhada - INCLUSÃO SOCIAL COM ALEGRIA NO CARNAVAL
Muitos poderão ouvir os sons, a música, as vozes, ver as cores, as pessoas e tudo o que estiver acontecendo e ainda poderão sambar, pular, brincar e desfilar usando suas próprias pernas. Outros não. Não ouvirão os sons, não verão as cores e andarão sem sair do lugar. Mas todos poderão se divertir muito e desfrutar da alegria de sair em um bloco de carnaval: no Bloco Gargalhada – que há sete anos vem promovendo a inclusão de deficientes na festa de Momo.
Fundado em 2004, no tradicional bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, o Bloco Gargalhada surgiu com a proposta de ser um baluarte da alegria e descontração e hoje se transformou em um modelo de inclusão social numa festa onde os deficientes – sejam surdos, cegos, cadeirantes e outros – recebem pouca atenção (ou nenhuma) às suas necessidades especiais.
O Bloco Gargalhada foi a primeira agremiação carnavalesca a colocar um Interprete de LIBRAS, Linguagem de Sinais (e continua sendo a única) em todos os seus eventos – inclusive no desfile - possibilitando a verdadeira integração e participação de deficientes auditivos. Em 2010, oito ritmistas surdos sairam na bateria tocando ganzás e este ano em parceria com o grupo Anjos de Visão vai ampliar a inclusão e receber foliões cadeirantes, cegos, anões, deficientes intelectuais, entre outros.
Queremos ir mais longe no nosso genuíno processo de inclusão. Juntamos novas competências ao nosso bloco e, além das Gargalhetes surdas, do nosso webdesigner que também é surdo, teremos a estréia de um compositor cego que compôs a marchinha do bloco em parceria com Cheila Felton, Produtora de Eventos Solidários e coordenadora do grupo Anjos de Visão. Teremos ainda mais uma gargalhete cadeirante – explica Yolanda Braconnot, presidente do Bloco Gargalhada.
A advogada Debora Prates está ansiosa para cair na folia pela primeira vez depois que perdeu totalmente a visão, há quatro anos. Ela desfilará com um inseparável amigo: o seu cão guia. Estou super animada e sei que vai ser muito divertido - afirma.
O Bloco Gargalha desfila no domingo dia 6/3, às 16 horas, na Avenida 28 de setembro. A concentração será na Associação Atlética Vila Isabel possibilitando a integração dos foliões sócios do clube com os demais componentes, em um local seguro e agradável, com facilidades de alimentação, banheiros e sem a exposição durante esse período ao sol. Haverá também almoço ao som de marchinhas de carnaval. Cerca de mil foliões de todas as idades, com e sem deficiência estão sendo esperados.
Como tema, o Bloco Gargalhada escolheu o deputado palhaço Tiririca – a grande piada séria de 2010, que também foi convidado para participar da festa. O refrão da marchinha é: HA, HÁ, HA!!! HI, HI, HI!!! TO NO GARGALHADA, PRA FAZER VOCÊ SORRIR!!!
E quem quiser chegar, é só gargalhar... Para conhecer a história completa do bloco
visite : http://www.blocogargalhada.com/
http://www.mixculturainformacaoearte.com/2011/03/inclusao-social-com-alegria-no-carnaval.html
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