Olá Turminha do Riso, tudo legal? Êita feriadão bão, né? Para que vocês possam aproveitá-lo ainda mais, vou presenteá-lo com um excelente artigo publicado em 03 de julho no Ponto da Unidade de Riso Intensivo, escrito por Felipe Del do Centro de Formação das Artes do Palco da SP Escola do Circo.
Antes de conferirem abaixo este maravilhoso texto, convido-os a assistirem à matéria que apresentei no programa SORRIA E TENHA UM BOM DIA, sobre o Voluntariado do Riso: http://www.youtube.com/watch?v=JKeLmh1EALw
Confiram agora a íntegra do texto:
No combate contra doenças, uma arma é tão importante quanto remédios e
tratamento médico. Seu nome é sorriso, e o gosto de vê-lo em rostos de crianças
internadas é o que motiva ONGs e grupos de teatro a desenvolver trabalhos
especiais para este público. Como 2 de julho foi o Dia do Hospital, o Ponto de
hoje reúne alguns dos profissionais que levam humor a esse ambiente.
Uma das mais conhecidas entidades que trabalham nessa área é a ONG Doutores da Alegria. Fundada em 1991, foi a primeira organização de cunho social do País a levar a palhaçada a crianças hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde, por meio da arte do palhaço, em caráter profissional e contínuo. Hoje, se apresentam gratuitamente em 14 hospitais públicos, concentrados em São Paulo, Recife e Belo Horizonte, além de manterem, desde 2003, sua própria Escola de Palhaço.
Uma das mais conhecidas entidades que trabalham nessa área é a ONG Doutores da Alegria. Fundada em 1991, foi a primeira organização de cunho social do País a levar a palhaçada a crianças hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde, por meio da arte do palhaço, em caráter profissional e contínuo. Hoje, se apresentam gratuitamente em 14 hospitais públicos, concentrados em São Paulo, Recife e Belo Horizonte, além de manterem, desde 2003, sua própria Escola de Palhaço.
“Palhaço é quem mais percebe os limites para ter a liberdade. O palhaço
não julga, ele interage na diferença. O palhaço olha para tudo como se fosse
pela primeira vez. Explora espaços, entra no miúdo, como diz um grande poeta. O
palhaço pode ser franco, principalmente, porque depois pode levar uma bolacha.
O palhaço é feito de coragem e trabalho, trabalho, trabalho. O palhaço precisa
da precisão do atleta e da imaginação das crianças. Para a criança, tudo é
novo. Para o palhaço, tem de ser novo, de novo, de novo, de novo. Com
delicadeza, constrói uma relação de confiança e faz isso através da graça. O
palhaço subverte, mas ninguém é seu inimigo”, diz o Manifesto dos Doutores.
O grupo Clowns de Shakespeare também já desenvolveu um trabalho desse tipo. Entre 2000 e 2001, o projeto U.P.I – Unidade de Palhaçada Intensiva levou visitas semanais dos doutores palhaços a dois hospitais públicos da cidade de Natal, especialmente nas enfermarias de oncologia.
O grupo Clowns de Shakespeare também já desenvolveu um trabalho desse tipo. Entre 2000 e 2001, o projeto U.P.I – Unidade de Palhaçada Intensiva levou visitas semanais dos doutores palhaços a dois hospitais públicos da cidade de Natal, especialmente nas enfermarias de oncologia.
Outro grupo que foca seus esforços em extrair sorrisos dos pacientes é o
Esparatrapo. A partir de 2006, o
grupo de clowns, antes reunidos sob o nome Trupe na Estrada, passou a atuar
dentro de hospitais, especializando seu trabalho na linguagem do palhaço e na
humanização hospitalar. Em pouco tempo, estavam atuando somente dentro de
hospitais e casas de apoio, procurando pessoas em busca de aperfeiçoamento das
técnicas de clown e interesse em levar essa experiência para dentro do
hospital.
Realizadas por palhaços profissionais, todas as atividades da trupe são gratuitas e têm como base jogos de improvisação, mas também são levadas conforme a sensibilidade de “leitura” do outro, a linguagem lúdica, e a espontaneidade, qualidades típicas do palhaço.
Os hospitais do estado de São Paulo contam com mais um coletivo para animar seus pacientes. Também formado por atores profissionais, o Operação de Riso pesquisa a linguagem do palhaço desde 1998. Investindo no “poder transformador que a arte possui”, o grupo trabalha com público-alvo constituído por pacientes, acompanhantes, profissionais da saúde e funcionários.
História
A ideia de levar o circo para dentro do ambiente hospitalar foi do americano Michael Christensen, que fundou, em 1986, a Clown Care Unit, ONG que fazia visitas para alegrar crianças internadas. Essa iniciativa repercutiu e motivou uma infinidade de outras ações semelhantes ao redor do mundo.
Para lançar o projeto, Christensen teve de transformar uma decepção pessoal em combustível para alegrar aqueles que estavam em situação delicada. Um ano antes da fundação da organização, em 1985, ele perdera seu irmão para o câncer. Entretanto, pouco antes de ser acometido pela doença, o parente havia lhe presenteado com uma maleta de médico, pensando que o objeto poderia ser utilizado em uma futura apresentação.
Passado um ano da morte do irmão, uma senhora o convidou para se apresentar para crianças internadas. Lembrando imediatamente da maleta, o artista criou a personagem Doutor Stubs. O público gostou tanto, que o palhaço continuou se apresentando até fundar a Clown Care Unit, que hoje tem cerca de 50 artistas especialmente treinados, que visitam e levam alegria a dez importantes hospitais de Nova York, Washington, Boston e Seattle.
Uma história semelhante a essa ganhou as telonas em 1998, com mais um caso real. Com Robin Williams no papel principal, “Patch Adams, o Amor É Contagioso” é baseado na vida de Hunter Adams, um americano que, aos 40 anos, internou-se por conta própria numa clínica psiquiátrica ao entrar em depressão.
Após perceber que seus problemas eram simples comparados aos dos outros internos, “Patch”, como passou a ser chamado ali, resolveu sair e, dois anos depois, ingressou no curso de Medicina, onde chamou atenção com seu estilo irreverente e brincalhão de trabalhar. Ele acreditava que um tratamento com compaixão, envolvimento, empatia e humor era tão importante para a recuperação de doentes quanto remédios e outros recursos.
Concluída a formação como um dos melhores da turma, Patch Adams montou, em 1971, sua almejada clínica, o Instituto Gesundheit (que significa “saúde”, em alemão), que atende pacientes gratuitamente. Logo, a organização se tornou referência para milhares de profissionais e estimulou o surgimento de outros grupos com a mesma premissa: a de que o médico deve melhorar a qualidade de vida do paciente, e não apenas adiar a morte. Atualmente, o médico e sua trupe de palhaços viajam o mundo levando humor a áreas em situação de guerra, pobreza e epidemia.
Realizadas por palhaços profissionais, todas as atividades da trupe são gratuitas e têm como base jogos de improvisação, mas também são levadas conforme a sensibilidade de “leitura” do outro, a linguagem lúdica, e a espontaneidade, qualidades típicas do palhaço.
Os hospitais do estado de São Paulo contam com mais um coletivo para animar seus pacientes. Também formado por atores profissionais, o Operação de Riso pesquisa a linguagem do palhaço desde 1998. Investindo no “poder transformador que a arte possui”, o grupo trabalha com público-alvo constituído por pacientes, acompanhantes, profissionais da saúde e funcionários.
História
A ideia de levar o circo para dentro do ambiente hospitalar foi do americano Michael Christensen, que fundou, em 1986, a Clown Care Unit, ONG que fazia visitas para alegrar crianças internadas. Essa iniciativa repercutiu e motivou uma infinidade de outras ações semelhantes ao redor do mundo.
Para lançar o projeto, Christensen teve de transformar uma decepção pessoal em combustível para alegrar aqueles que estavam em situação delicada. Um ano antes da fundação da organização, em 1985, ele perdera seu irmão para o câncer. Entretanto, pouco antes de ser acometido pela doença, o parente havia lhe presenteado com uma maleta de médico, pensando que o objeto poderia ser utilizado em uma futura apresentação.
Passado um ano da morte do irmão, uma senhora o convidou para se apresentar para crianças internadas. Lembrando imediatamente da maleta, o artista criou a personagem Doutor Stubs. O público gostou tanto, que o palhaço continuou se apresentando até fundar a Clown Care Unit, que hoje tem cerca de 50 artistas especialmente treinados, que visitam e levam alegria a dez importantes hospitais de Nova York, Washington, Boston e Seattle.
Uma história semelhante a essa ganhou as telonas em 1998, com mais um caso real. Com Robin Williams no papel principal, “Patch Adams, o Amor É Contagioso” é baseado na vida de Hunter Adams, um americano que, aos 40 anos, internou-se por conta própria numa clínica psiquiátrica ao entrar em depressão.
Após perceber que seus problemas eram simples comparados aos dos outros internos, “Patch”, como passou a ser chamado ali, resolveu sair e, dois anos depois, ingressou no curso de Medicina, onde chamou atenção com seu estilo irreverente e brincalhão de trabalhar. Ele acreditava que um tratamento com compaixão, envolvimento, empatia e humor era tão importante para a recuperação de doentes quanto remédios e outros recursos.
Concluída a formação como um dos melhores da turma, Patch Adams montou, em 1971, sua almejada clínica, o Instituto Gesundheit (que significa “saúde”, em alemão), que atende pacientes gratuitamente. Logo, a organização se tornou referência para milhares de profissionais e estimulou o surgimento de outros grupos com a mesma premissa: a de que o médico deve melhorar a qualidade de vida do paciente, e não apenas adiar a morte. Atualmente, o médico e sua trupe de palhaços viajam o mundo levando humor a áreas em situação de guerra, pobreza e epidemia.
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