domingo, 8 de julho de 2018

DOUTOR RISADINHA reforça: Como diferenciar um riso falso de um verdadeiro?


Oi pessoal, tudo belezinha? Hoje estou contente por compartilhar mais um estudo bem legal sobre a Risoterapia, mas triste pelo fato do Brasil não ter participado dele. Ele foi publicado em 25/jun/18 por Marcus Woo no site da Social Sciences Magazine (Can you tell a real laugh from a fake one?) e republicado ontem (07/jul/18) no Mundo Curioso com o título “Você consegue diferenciar uma risada falsa de uma verdadeira?”.

A única ressalva que faço é para não relacionarem este estudo com o movimento dos Clubes do Riso (do qual sou o fundador no Estado de São Paulo) que privilegiam o “riso forçado” como forma de despertar o riso verdadeiro, ou seja, no Yoga do Riso não recomendamos o riso forçado para expressar nossas emoções.

Feita esta ressalva, convido a todos mergulharem de cabeça este interessante artigo:

Não adianta tentar: falsianes são fáceis de serem identificadas em qualquer lugar do mundo, principalmente quando se trata de risadas forçadas. Isso é o que aponta um novo estudo realizado em 21 culturas, em seis regiões do mundo, do Peru à Coréia do Sul.

Nele, 884 pessoas foram entrevistadas por pesquisadores para tentar identificar padrões de riso e interpretação de risadas. O objetivo era analisar se há diferenciação entre as culturas e se as pessoas têm facilidade de reconhecer quando o riso corre solto de maneira espontânea e quando é ensaiado.

Cada participante do estudo — um intercâmbio entre diferentes universidades de vários países — era convidado a ouvir gravações de risadas reais e naturais e de risadas fake, forçadas. Em ambas as situações, quem ria nos áudios eram sempre mulheres norte-americanas em torno dos 18-20 anos, normalmente estudantes universitárias. Em média, quase dois terços dos ouvintes em cada cultura poderiam dizer a diferença, relata a equipe em um estudo aceito para publicação na Psychological Science.

O resultado da análise mostrou que, apesar das variações culturais e mesmo sem estar vendo quem ria, os participantes eram capazes de identificar a diferença. Escute aqui os áudios apresentados:


Gargalhadas genuínas, segundo os pesquisadores, eram mais altas e mais agudas, o que significa que são respostas primárias e bastante emocionais, já que suas características sonoras são bem similares às vistas em casos de dor e angústia.

De acordo com os pesquisadores, essas reações são respostas que se desenvolveram junto à evolução humana muito mais cedo do que a capacidade de fingir. Não ser espontâneo e oferecer uma resposta forçada, falsa — como uma risada fingida — é uma habilidade criada junto com o discurso, segundo os especialistas.

O aspecto mais interessante desse novo estudo é que ele envolve pessoas de diferentes lugares no mundo, o que também impacta os resultados da pesquisa e a faz constrastar com outras realizadas anteriormente — o que provavelmente indica também que a multiculturalidade influencia os resultados.

Por exemplo: outra pesquisa realizada pela Universidade de Los Angeles, na Califórnia, mostrou que em um terço das vezes nós conseguimos enganar os outros com uma risada falsa. Além disso, os responsáveis por esse convencimento não são apenas a agudez do som e o volume da risada, mas também sua velocidade e a respiração.

No caso da velocidade, o coordenador do estudo — o professor de Comunicação Greg Bryant — apontou que, quanto mais rápida a risada era, mais dificilmente era apontada como falsa; por outro lado, quanto mais lenta, mais provável a indicação da falsidade!”.

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