Olá pessoas risonhas, tudo certinho? Curtiram muito este Carnaval? Para
celebrar este início de ano, compartilho com vocês uma pesquisa bem legal sobre
a relação do dinheiro com a Felicidade. Ela foi publicada em 16/fev/18 no site
português “zap.aeiou.pt” com o título: Cientistas descobriram quanto dinheiro
precisamos para sermos felizes (e é surpreendente)”. Bóra lá!
Um novo estudo científico
debruçou-se sobre a quantidade de dinheiro de que as pessoas precisam para se
sentirem felizes. E as conclusões são surpreendentes, como admitem os próprios
investigadores.
Uma nova pesquisa descobriu que
há um limite máximo até ao qual ter elevados rendimentos é benéfico para um
indivíduo, valor que está diretamente relacionado com o local onde se vive.
“Pode ser surpreendente, já que o
que vemos na TV e aquilo que os publicitários nos dizem que precisamos indicam
que não há um teto quando se trata de quanto dinheiro é necessário para a
felicidade”, diz o autor principal do estudo, Andrew Jebb, citado num
comunicado do Departamento de Ciências Psicológicas da Universidade Purdue, nos
EUA.
Mas, na verdade, os dados desta
pesquisa mostram que há um limite a partir do qual ter muito dinheiro pode ser
prejudicial para o bem-estar das pessoas.
Os autores do estudo, publicado a
semana passada na revista Nature Human Behaviour, recorreram aos dados do
Gallup World Poll, inquérito mundial levado a cabo pela empresa de pesquisa de
opinião norte-americana Gallup, relativos a mais de 1,7 milhões de pessoas de
164 países diferentes e com idades a partir dos 15 anos.
Estes participantes responderam a
perguntas sobre o nível de satisfação, de bem-estar e sobre o poder de compra
que gostariam de ter nas suas vidas.
Os resultados revelam que “o
ponto ideal de rendimento ou de saciação se situa nos 76 mil euros para a
satisfação geral com a vida e nos 48 a 60 mil euros para o bem-estar
emocional”, destacam os investigadores.
A saciação é descrita por Jebb
como “o ponto além do qual não se ganha mais felicidade” e a partir do qual “a
satisfação diminui”. E de fato, “em certas partes do mundo, os rendimentos para
lá da saciação são associados a avaliações de vida inferiores”, isto é, a uma
menor satisfação global.
Os investigadores consideram que
isto se explica pelo fato de o dinheiro suprir necessidades básicas, como pagar
contas e comprar comida. Depois de cumprir essas metas, as pessoas são
“impulsionadas por ganhos materiais e por comparações sociais que, em última
instância, podem diminuir o seu bem-estar”, constatam.
Dinheiro é mais importante nos países mais ricos
O valor mais alto de rendimento,
quanto à saciação global, foi detectado na Austrália e na Nova Zelândia, 100
mil euros. O nível de saciação mais baixo verificou-se na América Latina, com
28 mil euros. Na América do Norte, “o limiar para a felicidade é alcançado com
um rendimento de 105 mil dólares” (mais de 84 mil euros).
Estes dados sugerem que “os
rendimentos importam mais para indivíduos que vivem em nações mais ricas”,
referem os autores da pesquisa. “As avaliações tendem a ser mais influenciadas
pelos padrões mediante os quais os indivíduos se comparam com outras pessoas”,
aponta Jebb.
Os autores da pesquisa não
notaram qualquer diferença de gênero entre homens e mulheres, mas concluíram
que “indivíduos com educação superior reportaram uma avaliação mais positiva da
vida e do bem-estar emocional com um rendimento mais elevado” – circunstância
que terá a ver com “as aspirações de rendimento” associadas a qualificações
superiores, notam os investigadores.
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