Pessoas risonhas! Tenho um presentão para vocês, que descobri em minhas pesquisas hoje. Encontrei o artigo abaixo, publicado em 09/maio/2013 no site da Veja Abril relativo à uma pesquisa realizada com o Título "Risos de alegria, zombaria ou cócegas afetam o cérebro de
modos diferentes Imagens de ressonância magnética mostram a ativação de
diversas áreas cerebrais após o indivíduo escutar diferentes tipos de risadas"
Confiram abaixo na íntegra:
Entre os seres humanos, a risada é um meio muito efetivo de
transmitir mensagens. O riso, por exemplo, é capaz de comunicar em poucos
instantes um estado de felicidade e empolgação .
Os pesquisadores sabem há bastante tempo que não existe um
só tipo de risada. O ser humano é capaz de emitir vários tipos de risos, cada
um com uma sonoridade e uma mensagem diferente. Ele pode, por exemplo, rir
porque está alegre, porque está zombando de outro indivíduo ou simplesmente
porque está recebendo cócegas. Uma pesquisa publicada nesta quarta-feira na
revista PLOS ONE mostra que ouvir cada um desses tipos de risada ativa conexões
cerebrais diferentes, mostrando que elas são processadas e compreendidas de
maneiras distintas.
CONHEÇA A
PESQUISA
Título
original: Different Types of Laughter Modulate Connectivity within Distinct
Parts of the Laughter Perception Network - http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0063441
Onde foi divulgada: periódico PLOS ONE
Quem fez: Dirk Wildgruber, Diana P. Szameitat, Thomas
Ethofer, Kai Alter, Wolfgang Grodd, Benjamin Kreifelts
Instituição: Universidade de Tubinga, na Alemanha
Dados de amostragem: 18 participantes, que tiveram de
escutar gravações de três tipos de risadas: causadas por alegria, zombaria ou
cócegas
Resultado: Usando imagens de ressonância magnética, os
pesquisadores descobriram que áreas cerebrais responsáveis por processar
informações sociais complexas foram ativadas durante a audição das risadas
causadas por alegria ou zombaria. Já as risadas causadas pelas cócegas ativaram
regiões responsáveis por processar informações sonoras, já que elas eram
acusticamente mais complexas.
Segundo os pesquisadores, o tipo mais antigo de riso -
anterior ao ser humano - é aquele emitido por meio de cócegas. Esse mecanismo
de comunicação, compartilhado por um grande número de primatas, acontece mais
como um reflexo do que de modo intencional e serve para valorizar as
brincadeiras e estreitar os laços sociais. Nos humanos, esse comportamento
teria evoluído para "a risada social", que transmite mensagens de
felicidade ou zombaria.
No estudo atual, os pesquisadores usaram imagens de
ressonância magnética para estudar como o cérebro de dezoito voluntários reagiu
após ouvir os três tipos de risada: de felicidade, provocação e cócegas.
"Rir de alguém e rir com alguém leva a consequências sociais
diferentes", diz Dirk Wildgruber, professor da Universidade de Tubinga, na
Alemanha. Segundo o pesquisador, é importante estudar os padrões de conexão cerebral
ativados durante a percepção dos diferentes tipos de risada pois eles devem
refletir a atuação de diferentes mecanismos mentais de atenção e processamento
das informações.
Como resultado, os cientistas descobriram que os risos
sociais - usados para transmitir felicidade ou zombaria - ativam regiões
cerebrais responsáveis por processar informações sociais mais complexas, como o
córtex frontal medial rostral anterior e o precuneus, que fica no lóbulo
parietal superior. Já a risada provocada pelas cócegas ativam as regiões
cerebrais associadas a um grau mais alto de análise acústica, como o giro médio
frontal e o giro temporal superior direito. Segundo os cientistas isso acontece
por causa da maior complexidade sonora desse tipo de risada.
LEIA TAMBÉM:
Estudo comprova: rir é mesmo o melhor remédio contra dor - http://veja.abril.com.br/noticia/saude/dar-risada-diminui-a-sensacao-de-dor-e-cria-lacos-afetivos
Desse modo, os pesquisadores mostraram que a evolução dos
diferentes tipos de risadas também gerou padrões cerebrais distintos para
interpretar o sinal enviado. Assim, as risadas sociais passaram a ser
importantes mecanismos para transmitir mensagens - principalmente estados
mentais - de modo não-vocal entre os indivíduos. Alguns estudos anteriores já
haviam mostrado como a fala modifica os padrões cerebrais, mas essa é uma das
primeiras vezes em que se examina como eles são alterados por outros tipos de
comunicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário