segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Doutor Risadinha destaca: O Riso é matéria de Capa no mesmo dia em dois importantes veículos de comunicação!

Pessoal, hoje estou super contente, pois o Riso foi matéria de Capa neste Domingon (04/dezembro), também no Saúde & Bem-estar da Gazeta do Povo, com fotos da Letícia Akemi e texto de Érika Busani, da Agência de Notícias Gazeta do Povo, sob o título " O Poder do Riso ".

Flexione os músculos das extremidades da boca, aperte o canto dos olhos e, se puder, solte uma boa gargalhada. Sua saúde e emoções agradecem

 
Ele previne o estresse, aumenta a resposta imunológica do organismo, funciona como terapia e ginástica, atenua a dor e não tem contraindicações. Não à toa, a sabedoria popular consagrou o riso como o melhor remédio para os mais diversos males. “Medicamento”, inclusive, que a ciência vem estudando e, embora ainda não saiba exatamente o que ocorre no cérebro durante uma boa risada, já demonstrou seu efeito sobre o sistema imunológico.

 
“Estudos comprovam que rir e sorrir aumentam o número de células T no sangue”, afirma o professor do curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Naim Akel Filho, coordenador do grupo de estudos em neurociência. Essas células de nome sugestivo coordenam a resposta imune contra infecções e tumores.

 
O riso é usado como forma de terapia, para conectar-se consigo mesmo ou com algo superior. Veja algumas formas de treiná-lo

 
Meditação do riso

 
O guru Osho dizia que rir e dançar são formas de alcançar um estado meditativo. Para praticar a meditação do riso, ao acordar, espreguice todo o corpo antes de abrir os olhos. Depois de três ou quatro minutos, ainda com os olhos fechados, comece a rir. Por cinco minutos, ria. No começo, você estará provocando, mas logo o próprio som da sua tentativa causará o riso genuíno. Pode levar vários dias para que ele realmente aconteça, mas não demorará muito e se tornará espontâneo.

 
Bom humor também se treina
  • Cante, brinque, pratique esportes de que goste.
  • Ame mais, cultive amizades.
  • Procure assistir a comédias, shows de humor, ir ao circo.
  • Ria de si mesmo. Além de deixar a situação mais leve, faz bem.
  • Aprenda a se perdoar.
  • Nunca tenha vergonha de rir, sozinho ou acompanhado.
  • Crianças e pessoas alegres nos contagiam. Fique por perto delas.
  • Tenha um animal de estimação, que proporciona bem-estar.

Treino do riso

 
A filosofia religiosa Seicho-no-ie adota em suas reuniões o treino do riso. “Há um roteiro. Primeiro, fazemos uma oração para evocar o deus da alegria que há dentro de nós. Depois, começamos com o a-rá-rá-rá. Acabamos em gargalhada”, conta Cleusa de Jesus Zanatta, supervisora administrativa e doutrinária da regional Paraná da filosofia. Ela recomenda o treino em casa também. “Faz bem para a pele, para o rosto. Quando estamos alegres, atraímos coisas boas para a vida.”

  
Natal sem estresseOutra consequência provada é a liberação de endorfina, hormônio que, entre outras coisas, reduz a sensibilidade à dor, aumenta a disposição física e mental e a resistência, melhora a memória e o bom humor. As reações continuam: a oxigenação no sangue e no cérebro são elevadas, assim como a frequência cardiorrespiratória. E ainda trabalha diafragma e abdômen, face, pernas e músculos das costas.

 
Ou seja, rir trabalha o corpo como um todo e ainda fortalece as emoções. “O riso relaxa, descontrai. Favorece a tranquilidade mental, que proporciona maior abertura à confiança, à imaginação, à criatividade e ao bem-estar. As reações emocionais tornam-se mais equilibradas e positivas”, garante o psicólogo Geraldo Vieira de Magalhães, colaborador do Instituto Med Prev. Nem seria preciso recorrer à ciência para ter essa certeza. Lembre da última vez que você deu uma boa gargalhada: a sensação de bem-estar que se segue é a melhor das comprovações.

 
O poder do riso vai além. “Quando alguém está tenso ou triste, se conseguir sorrir o processo psíquico pode se reverter, voltando a uma situação de bem-estar”, diz Akel Filho. Mas não adianta fingir. O riso precisa ser autêntico para ter eficácia.

 
O começo

 

Rir e sorrir são comportamentos inatos. Já se especulou que fossem imitações, mas crianças com cegueira de nascença também esboçam as mesmas contrações musculares, a mesma expressão facial, lembra o neurocientista. E tem razões evolutivas. “Se colocarmos uma mancha na frente de um bebê, ele ri. Ele é ‘equipado’ com esse tipo de comportamento porque aumenta sua chance de ser cuidado, protegido, alimentado, de receber carinho”, contextualiza o psicobiólogo Ari Bassi do Nascimento, professor do Departamento de Análise do Comportamento da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

 
Crescemos e, como em outras tantas das nossas condutas, aprendemos a manipular e controlar essa também. Pode ser para o bem. Atenuar circunstâncias constrangedoras, demonstrar a indisposição para a briga ou dar um sinal de permissão para a aproximação entram nessa lista.

 
Mas, quando ocorre em um contexto não apropriado, desconfie. “O riso pode ser irônico – é o caso de um cobrador que bate à sua porta sorrindo –, ter aspecto vingativo ou de humilhação”, contrapõe Nascimento. É o melhor estilo “quem ri por último ri melhor”.

 
Melhor terapia

 

Para o psicólogo Geraldo Vieira de Magalhães, o riso é uma função que pode ser “treinada”. “Aceitar-se, gostar de si mesmo, se esforçar para buscar oportunidades e encontrar sentido na vida, favorecem o entendimento das dificuldades e possibilitam que se encare a existência com mais calma, determinação e bom humor. É um treinamento contínuo, que deve fazer parte do dia a dia de todo ser humano”, orienta.

 
A jornalista Caroline Fagundes, 28 anos, seguiu essa receita e aprendeu a rir. “Comecei a perceber como era chato conviver com pessoas mal-humoradas e reclamonas”, diz. Ao se flagrar com esse mesmo comportamento em uma época que estava infeliz com um emprego, decidiu mudar de atitude. Uma experiência profissional de um mês na Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, foi outro aprendizado. “Vi muitos exemplos de superação. De pessoas muito pobres e muito guerreiras, dispostas a transformar o mundo”, recorda. O resultado está no atual sorriso fácil da moça. “Adoro rir, por mais que dê marcas de expressão que estou odiando”, brinca.

 
Já outros parecem ter conservado da infância essa característica. É o caso do microempresário Ivo Sprotte, 46 anos, que nunca se deixou abater e sempre está disposto a oferecer uma saudável risada. Nem mesmo quando um acidente de moto o deixou sem andar por mais de cinco anos – entre os 22 e os 27. “Eu tinha certeza absoluta de que voltaria a andar”, conta. Essa confiança é um dos componentes do bom humor. Ivo é o que se chama por aí de “figura”. Chega bagunçando tudo, liga para os amigos para contar uma piada, faz amizades por onde passa. “No dia em que eu descobrir que tristeza paga dívida, vou chorar 24 horas por dia”, ri. “Mau humor não ajuda em nada”, complementa.

 
Ivo tem razão. Mas não se trata de virar uma espécie de bobo alegre, rir de tudo. “Momentos tristes fazem parte da vida. O importante é o esforço para que a tristeza não se demore, para se evitar a pior consequência, que é a depressão”, diz Magalhães.

 
O professor Marco Aurélio Ghislandi, 34 anos, segue essa linha. “Quando estou triste demonstro, porque é uma questão de saúde mental. Mas isso não impede que eu visualize os momentos felizes”, afirma. Para ele, sorrir é uma espécie de liberdade. “Quando a gente sorri, se liberta de padrões rígidos de certas conveniências. Mostra que você está próximo do outro. O sorriso verdadeiro quebra muitas resistências.” Marco Aurélio sabe do que está falando. Seu apelido, dado por alunos há 12 anos, é Professor Feliz. Ou, simplesmente, Feliz.


 

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